Dados mostram crescimento de 4% do setor agropecuário, enquanto indústria registra queda de 1,2%
O Produto Interno Bruto Baiano (PIB) expandiu 1,8% no primeiro semestre de 2023. De acordo com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a soma de todos os bens e serviços produzidos no estado cresceu 2,7% no segundo trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Na comparação com o 1º trimestre de 2023 – quando são eliminadas as influências sazonais – houve crescimento de 1,0%. A taxa anualizada do PIB baiano acumula alta de 2,4%.
De acordo com os dados divulgados pelo governo do estado, no 2º trimestre de 2023, o PIB da Bahia totalizou R$ 113,9 bilhões, sendo que R$ 104,5 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 9,4 bilhões, aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Nos grandes setores, a agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$ 17,8 bilhões, a Indústria R$ 23,6 bilhões, e os Serviços R$ 63,0 bilhões.
Os dados apontam um crescimento em volume do setor agropecuário baiano, no segundo trimestre, de 4,0%, sendo particularmente influenciado pela expansão no cultivo da mandioca, milho e soja.
Os números dos resultados acumulados no 1º semestre de 2023, o PIB baiano totaliza R$ 228,9 bilhões, sendo que R$ 207,2 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$ 21,6 bilhões aos impostos. No que diz respeito aos grandes setores, a Agropecuária apresenta Valor Adicionado de R$ 24,3 bilhões, a Indústria R$ 57,4 bilhões, e os Serviços R$ 125,6 bilhões.
Diretor de Estatística da SEI, Armando Castro disse que “o resultado ratifica o bom momento da economia baiana nesse primeiro semestre que já vinha sendo apontado pelas pesquisas e registros específicos, como a geração de mais de 50 mil empregos de carteira assinada, redução do pessimismo dos empresários baianos e expansão de mais de 15% nas atividades de turismo”.
Agropecuária sobe, indústria desce
A SEI informou ainda que o Valor Adicionado apresentou variação de 3,2%, enquanto os impostos registraram queda de 2,4%. Dentre os grandes setores, dois registraram expansão: agropecuária (+4,0%) e serviços (+4,9%). Já o setor industrial registrou queda de 1,2%, no segundo trimestre.
A queda do setor industrial foi determinada pela retração nas atividades da indústria de transformação (-2,6%), das indústrias extrativas (-13,8%) e da construção civil (-0,6%). Apenas a atividade de eletricidade e água apresentou um resultado positivo no período (+7,9%), em função tanto do aumento da geração elétrica, particularmente de fontes eólicas, quanto do consumo.
Os números também apontam crescimento no setor de serviços foi determinando pelo bom desempenho das atividades do comércio com taxa de 8,9%. Também contribuíram com o crescimento as atividades de transportes (+6,9%), administração pública (+2,9%) e as atividades imobiliárias (+2,5%). O segmento outros serviços registrou crescimento de 4,7%.
“O crescimento econômico neste semestre se mostra como efeito da demanda interna, uma vez que o saldo de nossa balança comercial está declinando. A queda na taxa de desemprego e a forte expansão do comércio corroboram essa tese”, explica Castro.
Acumulado de janeiro a junho (2022 – 2023)
No acumulado de janeiro a junho de 2023, a economia da Bahia, registrou expansão de 1,8% em comparação com o mesmo período de 2022. A agropecuária variou 4,1%, a indústria -1,8% e os serviços cresceram 3,5%. O destaque positivo no semestre ficou por conta do setor de serviços, puxado pela acentuada expansão do comércio (+5,6%) e dos transportes (+8,2%).
Por outro lado, o setor industrial baiano registrou queda de 1,8% no mesmo período com destaque para as retrações: 4,5% na indústria de transformação; 6,9% na extrativa; 1,0% na construção. A única atividade a registrar crescimento foi eletricidade e água (+9,5%).
Sobre o setor de serviços, observou-se crescimento de 3,5% no primeiro semestre de 2023, ante o mesmo período anterior, influenciado, pelas altas do comércio (+5,6%), das atividades de transportes (+8,2%), das atividades imobiliárias (+2,5%) e da administração pública (+1,2%). No mesmo período, o segmento outros serviços acumulou crescimento de 8,0%.