O vereador Sidninho (Podemmos) denuncia que o governo do estado coloca em xeque a maior feira de agropecuária do norte e nordeste: a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro), que não ocorre pelo quarto ano consecutivo, no Parque de Exposições de Salvador.
Com promessa de ocorrer este ano, com escolha, inclusive do tema [“Agrobusiness”], 21 dias após o anúncio, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), justificou que devido a questões administrativas, estruturais e por falta de tempo hábil para superar entraves burocráticos que se apresentaram no decorrer de 2023, a pasta não realizará a 33ª edição da Feira.
Contudo, conforme o vereador, a justifificativa não é plausível quando se leva em consideração a frequência com a Fenagro, que encerra o calendário de feiras agropecuárias do Brasil, não ocorre em Salvador.
“É como se estivessémos falando de um simples evento do calendário e não de um dos maiores eventos do agronégocio do país, com a expectativa de movimentar mais de R$ 150 milhões em negócios, reunir um público superior a 100 mil pessoas, exposição de aproximadamente dois mil animais das mais importantes raças, etapas nacionais de competições, como o Campeonato Brasileiro de Marcha Picada (CBMP), leilões e grandes shows”, frisou, lamentando ao tempo em que cobra uma explicação do Executivo estadual.
Conforme Sidninho, desde que o governo do estado decidiu pelo processo de venda do Parque de Exposições e de outros terrenos da capital baiana, não há mais investimentos na Fenagro.
“O governo, que conta com um setor pujante, já há algum tempo, ao invés de contar com investimentos, ser prioridade, visto como um equipamento capaz de fomentar o agro, tornou-se apenas um ativo imobiliário, assim como os terrenos da antiga Rodoviária e do Detran. Mas, uma coisa é certa, a Câmara De Salvador estará atenta a todas as movimentações”, concluiu o presidente comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara.