A iniciativa foi relembrada em uma matéria da Folha de São Paulo sobre o intelectual baiano
O projeto da Câmara Municipal de Salvador, que relançou os livros “As Artes na Bahia” e “Artistas Bahiano”, de autoria do intelectual Manoel Querino, através do Selo Castro Alves foi destaque em uma matéria da Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (24). O texto que narra o legado de Querino nas artes, política e na formação do Brasil, relembrou a iniciativa liderada por Leo Prates, em 2018, quando presidia a casa legislativa da capital baiana.
Republicadas com apresentações dos professores Maria das Graças de Andrade Leal e Luiz Alberto Ribeiro, as obras encontravam-se fora de catálogo há mais de 100 anos. Professor, jornalista, escritor, pintor, militante do movimento liberal, líder abolicionista e um dos fundadores da Liga Operária Bahiana e do Partido Operário, Manuel Raymundo Querino foi um intelectual negro, pioneiro nos registros etnográficos e nos estudos sobre história da arte no Brasil. Ele nasceu em Santo Amaro da Purificação, no dia 28 de julho de 1851.
Foi um dos fundadores do Liceu de Artes e Ofícios, além de membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB). Ao longo da vida, ele elaborou e publicou diversos livros, monografias e artigos. Como jornalista, criou os periódicos “A Província” e “O Trabalho”, nos quais defendeu a abolição da escravidão.
Leo Prates relembrou o projeto que resgatou a obra de Querino e destacou a importância de manter o legado do intelectual baiano vivo.
“Poder relançar estes importantes livros pelo Selo Castro Alves, na época, foi uma grande justiça feita à memória de Manuel Querino, que foi sem dúvidas, uma figura fundamental na formação do nosso país”, recordou. “Manter este legado vivo é valorizar a memória da nossa nação e inspirar as novas gerações”, completou.