Líder da Oposição cobra urgência do Governo nas ações de combate à seca na Bahia

Líder da bancada da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado Alan Sanches (União Brasil) disse que o Governo do Estado precisa apresentar um programa urgente de combate à seca que castiga o interior da Bahia e provoca severos prejuízos ao setor produtivo rural.

Já são pelo menos 131 municípios em situação de emergência e vários outros em dificuldades por causa da longa estiagem em consequência do efeito El Niño, com registros de morte de milhares de animais por falta de comida e água, assim como a perda de áreas plantadas.

“A Bahia passa por uma das piores secas que já se viu. Neste momento há necessidade urgente do Governo utilizar a criatividade, a inteligência e o planejamento para apresentar um programa urgente de combate à seca. O povo da Bahia está sofrendo e é preciso dar um socorro. Precisamos levar água a quem precisa. Precisamos abrir uma linha de financiamento para a região afetada”, aponta Alan Sanches.

“O Governo do Estado pode contar com o apoio de toda a Assembleia Legislativa para podermos assistir ao povo baiano”, acrescenta.

Esta semana a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB) fez um clamor por ajuda urgente ao setor e alertou que a seca pode impactar no aumento de produtos da cesta básica, como leite, café e carne, além de retrair a geração de emprego em toda a cadeia produtiva do campo.

“O Governo do Estado precisa fazer uma intervenção correspondente ao tamanho do problema, tem que se movimentar e apresentar as soluções necessárias nesses momentos de crise”, reitera Sanches, ao destacar que o agronegócio responde por quase 30% do a PIB da Bahia.

Segundo dados da FAEB, a produção de leite informal já diminuiu mais de 50% em todo o estado, tal como a apicultura registra perda superior a 50%, café 20%, banana 30% e a produção de caju caiu pela metade.

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) sinalizou também que o plantio de milho e feijão está atrasado nas regiões produtoras, e no Oeste do Estado há 21% de atraso de plantio e 200 mil hectares de replantio.