Ao mercado editorial, que aquece suas vendas em eventos literários, o agenciamento profissional de escritores e escritoras é uma novidade que se apresentará na próxima Bienal do Livro da Bahia, em Salvador, entre 26 de abril e 01 de maio. O novo serviço que chega à Bahia, através do Studio Palma, pretende dar suporte para a ampliação de vendas das obras de autores do seu catálogo, sejam elas publicadas via editoras ou de forma independente, segundo a sua curadora literária, a professora e escritora Ester Figueiredo.
A curadora, com experiência em realização de feiras literárias como as de Mucugê (Fligê) e de Vitória da Conquista (FliConquista), explica que viu nesses eventos na Bahia e fora do estado, como a Feira de Paraty-RJ (Flip), a carência de apoio aos autores ainda na divulgação e comercialização de suas obras. “A nossa proposta de agenciamento é a de oferecer suporte e consultoria aos autores antes e depois de suas publicações. E uma das formas é assegurar a participação deles nos eventos ”, explica Ester Figueiredo, acrescentando que levará à Bienal vários autores do seu catálogo.
Integrante do catálogo lançado pelo Studio Palma na FliConquista, em dezembro do ano passado, a escritora e jornalista Joana D’Arck é uma das autoras que estará na Bienal do Livro da Bahia 2024 através desse agenciamento. Com dois livros publicados – “Entrelinhas e afetos” e “Vida que segue”- ela vê no novo serviço de apoio aos autores o preenchimento de uma lacuna importante para enfrentar um mercado editorial tão competitivo e vasto. “Os novos autores enfrentam mil obstáculos para publicar as suas obras e ainda se veem em dificuldades para manter a comercialização após os eventos de lançamentos”, constata.
Os desafios impostos aos novos autores atingem também os mais experientes, no enfrentamento de um mercado que lança milhares de publicações – só no ano de 2021, foram catalogados cerca de 400 mil lançamentos, no levantamento realizado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). E o catálogo do Studio Palma reúne autores como o paraibano Efigênio Moura, membro da Academia de Letras de Campina Grande (PB), com mais de 20 obras publicadas e uma narrativa totalmente focada na linguagem nordestina, ou como Jocivaldo dos Anjos, cuja escrita é vinculada às vivências e o contexto quilombola.
