O deputado estadual Pancadinha (SD) destacou nesta quinta-feira (2) que, mais uma vez, o caso dos funcionários fantasmas na Prefeitura de Itabuna, sob gestão de Augusto Castro (PSD), virou notícia na política baiana. Com um adendo: desta vez, a denúncia veio do próprio líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Rosemberg Pinto (PT). Segundo ele, o presidente do PT de Coaraci, Thallys Ribeiro, tem um cargo na gestão municipal itabunense e não comparece ao trabalho.
“Aos poucos, a casa do prefeito Augusto Castro vai caindo, e o escândalo dos funcionários fantasma em Itabuna, que eu denunciei no ano passado, vem à tona. Sendo que agora eles não podem nem dizer que foi alguém da oposição falando, porque a denúncia veio do próprio grupo do governo. Se um aliado tão próximo do prefeito, como Rosemberg Pinto, está dizendo, acho que é a hora do Ministério Público agir e investigar a fundo esse caso. Infelizmente, no futuro, eu vou ter que levantar a placa dizendo ‘eu avisei’”, disse Pancadinha.
Em entrevista à Rede Portal, Rosemberg Pinto foi claro em relação ao cargo ocupado por Thallys Ribeiro: “Você sabe de onde ele é funcionário? O presidente do PT? Da Prefeitura de Itabuna. Acredito que ele nunca foi trabalhar. Até vou alertar ao prefeito Augusto Castro. Porque não é possível. E eu não topo esse tipo de coisa”, disse.
Pesquisando no portal de transparência da Prefeitura de Itabuna, é possível comprovar que Thallys Wheiser Ribeiro Lima ocupa um cargo de técnico administrativo na Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo. O mesmo site aponta que ele foi admitido em 2 de agosto de 2021 e tem carga horária de 40 horas semanais, ou seja, de pelo menos 8 horas diárias. Seu salário bruto nestes primeiros meses de 2024 foi de R$ 3,6 mil por mês.
“Fico feliz que o deputado Rosemberg Pinto tenha dado coro às denúncias da oposição ao prefeito Augusto Castro. Agora, é ele quem está apontando que Thallys Ribeiro não comparece ao trabalho para o qual é nomeado. Agora, espero que Rosemberg nos ajude a formalizar a denúncia no MP. E eu quero deixar claro: exonerar o rapaz não é suficiente, porque o crime já foi cometido. Ele está no cargo desde 2021”, completou Pancadinha.
