Com apresentações gratuitas na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, a obra de Brunno de Jesus convida o público a uma reflexão sobre corpo, cultura e sociedade
Em comemoração aos 10 anos de sua estreia em Salvador, o espetáculo de dança “Por que, Zé?” retorna à capital baiana para uma curta temporada na Sala do Coro do Teatro Castro Alves.
A montagem conta com a participação de um elenco de bailarinos talentosos e experientes, como Fred Lopes, Lukas Dijesus, Marcello Santos, Raina Santos e Wania Souza. A direção e coreografia ficam por conta de Brunno de Jesus, bailarino, diretor e coreógrafo, com vasta pesquisa nas culturas negras e periféricas.
Com apresentações gratuitas nos dias 31 de maio, 1º e 2 de junho, a obra é um convite ao público a uma reflexão profunda sobre corpo, cultura e sociedade contemporânea.
Um mergulho na cultura afro-brasileira
Inspirado no pagode baiano e em manifestações da cultura popular, “Por que, Zé?” utiliza a linguagem da dança para abordar temas como controle, subalternização e hipersexualização dos corpos negros.
Através de imagens de rodeio e paisagens que remetem a confrontos individuais e sociais, a obra propõe uma análise crítica da sociedade atual e do lugar ocupado pelos corpos marginalizados.
Um palco para questionamentos e reflexões
Com 40 minutos de duração, o espetáculo levanta questionamentos como: “Somos tratados como bois? Quais caminhos e estratégias são construídas para a sobrevivência de nossos corpos? Será que nossas danças podem ser vistas como uma tecnologia de reconfiguração da cidade? Até onde podemos ir em nossa busca por liberdade? A quem interessa nossa manutenção da vida?”.
“Por que, Zé?” é uma obra que desafia e provoca reflexões, convidando o público a se engajar em um diálogo sobre temas urgentes da nossa sociedade. A oportunidade de assistir a esse espetáculo gratuitamente é imperdível para quem busca uma experiência artística transformadora.
Mais sobre Brunno e o elenco
Brunno de Jesus é artista multilinguagem, bailarino, diretor e coreógrafo, pesquisador das culturas negras e periféricas. Mestre e doutorando em dança pelo PPGDAnça UFBA. Cantor e Compositor. Com mais de 12 espetáculos em sua trajetória profissional. Estreou o espetáculo solo “Sample: e que nem cortar quiabo” no Festival Internacional de Artes Cênicas Kuruche no Chile e na 14º Bienal Internacional de Dança do Ceará.
O elenco é composto por Marcello Santos, bailarino cadeirante, formado em Psicologia pela Faculdade Social da Bahia. Inicia sua experiência em dança em 2008 na Companhia de dança Rodas no Salão (CRS) e em 2014 integra o elenco como interprete criador da ExperimentandoNUS; Fred Lopes, ator, bailarino e produtor cultural, estudante da Escola de Dança da FUNCEB com Formação e pós-graduação em Fisioterapia; Raina Santos é mulher negra, pedagoga, coreografa e bailarina idealizadora do projeto Memória de Brinquedo; Lukas Dijesus é bailarino e coreógrafo, educador do Projeto Axé e formado pela Escola de Dança da Funceb; Wania Souza é Arte-educadora, bailarina, coreógrafa formada pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), com experiência em projetos, ONGs e escolas, atualmente em formação Pedagógica (curando).
Serviço:
- Espetáculo: Por que, Zé?
- Local: Sala do Coro do Teatro Castro Alves
- Datas: 31 de maio, 1º e 2 de junho
- Horário: 20h
- Entrada: Gratuita
Ficha Técnica:
- Direção e Coreografia: Brunno de Jesus
- Elenco: Fred Lopes, Lukas Dijesus, Marcello Santos, Raina Santos e Wania Souza
- Cenografia: Jorge Alberto
- Iluminação: Rangel Souza
- Produção: Òyó Núcleo de Artes
- Assessoria de comunicação : Márcia Simas
Realização:
- Òyó Núcleo de Artes
- PLATAFORMA NACIONAL DE ARTES NEGRAS