Geraldo critica abandono do transporte público de Salvador e garante envolver especialistas para solucionar problemas na integração

Durante entrevista concedida aos jornalistas Mateus Morais e Jony Torres, na manhã desta segunda-feira (22), ao Programa Jornal da Mix, da Rádio Mix, o pré-candidato à prefeitura de Salvador pelo MDB e vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, garantiu que a melhoria do transporte público na capital baiana será uma das prioridades do seu programa de governo. Geraldo criticou a exclusão de mais de 130 linhas de ônibus e a falta de integração do BRT com os demais modais de transporte. “Mal planejado”, afirmou.

Em resposta às dúvidas de ouvintes sobre o que será feito para resolver o problema, o pré-candidato assegurou que a integração de todos os meios de transporte público será uma realidade, através do retorno de algumas linhas de ônibus e a chegada do VLT que, segundo ele, vai oportunizar a conexão mais rápida do Subúrbio com as demais áreas da cidade. “Nós vamos comunicar as pessoas. As pessoas vão abrir os horizontes para a Baía de Todos-os-Santos. Vamos ter a oportunidade de ligar a Cidade Antiga, o Centro Histórico de Salvador, ao Subúrbio Ferroviário. Nós vamos movimentar a economia, geração de emprego e renda”, defendeu.

Ainda na área de mobilidade, o vice-governador da Bahia demonstrou preocupação com o envolvimento de segmentos do transporte privado, entre eles, os motoristas por aplicativo, taxistas e os mototaxistas. O pré-candidato tem realizado reuniões com urbanistas e especialistas locais e nacionais na área da mobilidade urbana, buscando referências para modernização do transporte público na capital baiana. “As pessoas não aguentam mais perder tanto tempo nos pontos de ônibus e o prefeito já reconheceu que não está dando conta do recado. Infelizmente, quem tá pagando o preço é a população”, afirmou o vice-governador após a entrevista.

A ausência de vagas nas creches municipais também esteve em pauta. “Salvador não tem creches. O prefeito se bate todo quando eu digo isso, mas é uma verdade. A prefeitura não gosta de creches. O que a gente faz com as mães solos, mães solteiras, mães que criam seus filhos. O que a mãe vai fazer quando vencer a licença maternidade? Deixe o seu filho recém-nascido sozinho? Deixa com os filhos mais velhos e vai trabalhar, ou ela não trabalha e não vai sustentar a sua família? E isso incomoda quando a gente fala”, continuou. Garantiu também que o assunto será muito debatido ao longo da campanha.

Temas como o incentivo à geração de renda, empreendedorismo, entre outros problemas da atual gestão municipal também foram debatidos.