Candidato à reeleição, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) reiterou nesta quinta-feira (8) que o ajuste de linhas de ônibus na cidade é feito em acordo e, em muitos casos, a pedido do governo do Estado. O prefeito também criticou o governo do Estado por não adotar nenhuma medida para minimizar a crise enfrentada pelo transporte público, cenário este observado em todas as grandes cidades do país.
“Infelizmente, temos o óleo diesel mais caro do país. O governo cobra ICMS de 20,5%. É o único governo do Brasil que não dá um centavo de isenção. Isso representa 22% na tarifa”, pontuou.
Segundo o prefeito, com a chegada do metrô e novas estações, as linhas precisaram ser readequadas. “Inclusive por solicitação do governo do Estado, que não para de mandar ofício dizendo que as linhas de ônibus concorrem com o metrô e precisam ser integradas”, disse o prefeito.
Segundo o prefeito, a crise nacional do transporte, observada pelo menos desde as manifestações de 2013, se agravou com a pandemia, devido à diminuição do número de passageiros e alta nos insumos.
O candidato reforçou, entretanto, seu compromisso em continuar melhorando o transporte. “Ao contrário deles, que negam os problemas na segurança pública, nós reconhecemos que é preciso avançar. Eu me preparei para resolver o problema. Com os investimentos em curso para renovação da frota, o meu compromisso é chegar a 100% da frota com ar-condicionado até 2028. Com todos os modais funcionando, conectados, teremos um dos sistemas de transporte mais modernos e eficientes”, disse.
Pessoas em situação de rua – O prefeito também destacou as políticas para pessoas em situação de rua na cidade, tema da primeira questão do debate. Bruno lamentou que o candidato do MDB não tenha falado nada sobre o tema e alfinetou: “não conhece este assunto”. Ele ressaltou que, no passado, Salvador tinha apenas 100 vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua.
A prefeitura, ressaltou o prefeito, realizou o primeiro censo das pessoas em situação de rua da história. “Identificamos 5.300 pessoas em situação de rua. E sabemos agora precisamente o grau, a situação e o estado em que está cada um. Quando é uma pessoa tem situação de rua que está desempregada, a primeira porta de entrada é a unidade de acolhimento, onde nós temos 1.400 vagas. Lá a gente tira documento, orienta para o mercado de trabalho, coloca depois um aluguel social, que era R$100 na época deles, e agora é R$ 400 com kit moradia”, afirmou.
O prefeito disse ainda que a prefeitura oferece 385 vagas específicas para pessoas em situação de rua com dependência de substâncias psicoativas.