Além dos benefícios para o desenvolvimento saudável do bebê, o ato de amamentar é um fator de proteção contra o câncer de mama e deve ser sempre incentivado
O Agosto Dourado é o mês de incentivo à amamentação e conscientização sobre a importância do leite materno, responsável pela redução da mortalidade infantil e pelo desenvolvimento saudável das crianças com diminuição do risco de várias doenças, como hipertensão, diabetes e obesidade na vida adulta. Além dos incontáveis benefícios para a saúde dos bebês, a prática, para as mães, também é um importante fator de proteção contra o câncer de mama, tumor de maior incidência entre as brasileiras (depois do câncer de pele não melanoma).
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são previstos mais de 73 mil diagnósticos de câncer de mama em 2024. No Nordeste, a estimativa é de 15.690 novos casos, sendo a Bahia líder na incidência da região, com 4.230 novos pacientes com a doença.
Um estudo do World Cancer Research Fund (WCRF) revelou que o aleitamento elimina células mamárias com mutações e que amamentar por dois anos pode reduzir em 10% a possibilidade de desenvolvimento de tumores mamários ao longo da vida. “Quanto mais prolongado for o tempo em que a mulher oferece a amamentação, mais proteção ela terá. As alterações hormonais que ocorrem durante a lactação reduzem a exposição da mulher ao estrogênio, hormônio que estimula o crescimento das células do câncer de mama”, esclarece o mastologista César Machado, do Núcleo da Mama / CAM.
A proteção contra o câncer advinda da amamentação é válida para todas as idades e etnias e independente do número de partos realizados. “A redução da exposição das lactantes ao estrogênio e a outros hormônios que favorecem o desenvolvimento do câncer repercute como um fator protetivo, mesmo na menopausa”, destaca. Além desse efeito contra tumores mamários, a lactação contribui para a perda de peso da mãe no pós-parto, diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e de doenças cardiovasculares.
Fatores de proteção e prevenção
Além da lactação, práticas como a alimentação saudável, a atividade física regular e o controle do peso corporal são fatores de proteção contra o câncer de mama. “Ter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos, não fumar, evitar consumo excessivo de bebidas alcoólicas são algumas medidas que contribuem para a prevenção primária da doença”, explica César Machado.
Apesar da obesidade sempre ter sido associada às doenças do coração, o excesso de peso também está relacionado a pelo menos treze tipos de câncer, como o de mama e os tumores de esôfago (adenocarcinoma), colorretal e de estômago. Nas faixas etárias pré e pós menopausa, o risco de ter câncer de mama aumenta em mulheres com muita gordura corporal, especialmente aquelas que apresentam medidas aumentadas da circunferência abdominal, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia. “A recomendação é uma dieta rica em alimentos in natura, como frutas, verduras, legumes e grãos, além de evitar ultraprocessados, gorduras trans e saturadas, e limitar o consumo de carnes vermelhas”, reforça o mastologista.
As consultas de rotina e os exames de rastreamento (exame clínico, ultrassom, mamografia) também são essenciais para prevenção secundária e diagnóstico precoce. A mamografia é o principal exame para detecção do câncer de mama, uma vez que é o único capaz de identificar um tumor com menos de um centímetro. Deve ser feita, preventivamente, uma vez por ano a partir dos 40 anos de idade. Em situações específicas, quando há algum caso da doença na família (avó, mãe, tia ou irmã), a mamografia deve ser anualmente a partir dos 35 anos de idade ou de acordo com orientação médica.
“Um câncer de mama diagnosticado precocemente pode ter até 95% de chance de cura e seu tratamento é menos invasivo, o que possibilita mais qualidade de vida para a paciente”, finaliza César Machado.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.
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