Dados são do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e implicam em maus-tratos, exploração sexual e até tráfico de pessoas;
Data é celebrada no dia 27 de setembro e visa refletir a respeito da situação do idoso no País, seus direitos e dificuldades
Nesta sexta-feira, 27 de setembro, será celebrado o Dia Nacional do Idoso, data que foi estabelecida em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal e serve para refletir a respeito da situação do idoso no Brasil, seus direitos e dificuldades. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano que vem, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta.
Diante desse contexto, surge uma preocupação, a violência contra a pessoa idosa, tema que se faz necessária a discussão a fim de observar e lutar pelos direitos das pessoas na terceira idade.
Em Salvador (BA), por exemplo, já foram registrados 9.857 casos de violações dos direitos humanos dos idosos neste ano. Esses números implicam em maus-tratos, exploração sexual e até tráfico de pessoas. Desse total, apenas 1.256 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia).
Segundo o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o estado da Bahia registrou 35.386 casos, sendo 3.993 denúncias efetivadas.
Para a professora do curso de Direito da Faculdade Unime Anhanguera de Salvador (BA), Wilmara Falcão, um dos principais problemas é que, na maioria das vezes, o agressor é um ente próximo, o que pode dificultar a denúncia e, portanto, os cuidadores e familiares devem redobrar a atenção.
“Essa data, 27 de setembro, nos oportuniza a levantar discussões sobre como podemos ampliar medidas voltadas à qualidade de vida da terceira idade. A violência contra eles pode ser silenciosa e dar apoio aos idosos ou simplesmente ouvi-los, pode ajudar na identificação dos atos de violência e aumentar os números de denúncias, pois dessa forma medidas mais efetivas podem ser tomadas até mesmo pelos órgãos de segurança”, indica.
Para Wilmara, ainda que, quando não é um familiar, o idoso acaba sendo negligenciado por um cuidador. “Quando perceber qualquer anormalidade no tratamento com o idoso, investigue e denuncie se houver algo de errado. Os idosos não têm, em geral, força ou métodos para se defender sozinhos. Há uma legislação responsável pelo direito do idoso e qualquer pessoa pode fazer a denúncia”, destaca.
A docente da Anhanguera indica que as denúncias podem ser feitas por diversos meios, seja através das Polícias Militar (190) ou Civil (197), o Disque 100 (que funciona diariamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana) e canais eletrônicos. Ademais, órgãos como o Ministério Público, mais específico a Promotoria de Justiça com atribuição em matéria do Idoso, podem ser procurados para defesa dos direitos difusos e coletivos dessa classe uma vez que forem violados.
Por fim, Wilmara afirma que é essencial evitar a perpetuação da vulnerabilidade do idoso, sendo fundamental que a família exercite o amor e a paciência para lidar com os desafios da terceira idade. “Crie um ambiente seguro para os idosos, esteja próxima e conscientiza outras pessoas sobre a importância de cuidar da saúde e bem-estar da terceira idade”, enfatiza.
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores.
Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País.
Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todo os estados brasileiros.