Os 71 senadores presentes nesta terça-feira, 08, no plenário do Senado Federal, aprovaram, por unanimidade, a aquisição de um empréstimo no valor de US$ 150 milhões (cerca de R$ 800 milhões) para a execução da ponte Salvador-Itaparica. De acordo com o MSF 50/2024, o crédito será firmado entre o Governo da Bahia e a Corporação Andina de Fomento (CAF), sob garantia do Governo Federal.
O relator da matéria, senador Otto Alencar, destacou a importância do aporte financeiro para a construção do equipamento, que terá 12 quilômetros de extensão. “Esse era um grande sonho dos baianos. Agora, no fim de setembro, começaram a ser realizadas as sondagens de águas rasas e profundas, através de embarcações. Essa saída pelo Oeste do estado vai desafogar a BR-324, que liga Salvador a Feira de Santana, e que já está com tráfego bastante pesado. Cerca de 250 cidades serão beneficiadas com o projeto”, explicou o relator.
SOBRE A PONTE
Com 12,4 quilômetros, a ponte Salvador-Itaparica vai gerar empregos, aumentar a mobilidade e otimizar o tempo de trajeto entre os municípios baianos, devido à diminuição de mais de 100 quilômetros no percurso. Dessa forma, importantes zonas turísticas da Bahia receberão maior fluxo de visitantes por conta do encurtamento da rota. Quando finalizado, o equipamento será o maior em extensão da América Latina.
A construção da ponte Salvador-Itaparica faz parte de uma parceria público-privada entre o Governo da Bahia e o consórcio formado por duas gigantes chinesas do ramo da construção civil. O grupo asiático firmou um contrato de concessão de 35 anos para, além da construção, realizar a operação e manutenção da ponte durante o período estabelecido.
CRÉDITO PARA O SUS BAIANO
Os senadores também aprovaram, em plenário, o empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no mesmo valor, que será destinado ao Prosus – Programa de Fortalecimento da Rede SUS em todo o território baiano.
Com a aprovação em caráter de urgência, ambas as matérias serão promulgadas, o que vai acelerar o processo de liberação dos recursos pelo governo baiano.