O presidente Jair Bolsonaro comentou pela primeira vez, na tarde deste sábado, a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio, morto durante uma operação da Polícia Militar da Bahia no último domingo. Ele falou sobre o caso na inauguração de uma alça viária que liga a Ponte Rio-Niteroi à Linha Vermelha, na Zona Portuária do Rio. O miliciano foi condecorado, em 2005, por um dos filhos do presidente, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, atualmente senador. Naquela ocasião, segundo disse Bolsonaro no Rio neste fim de semana, ele próprio pediu que Flávio homenageasse Adriano na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
– Para que não haja dúvida. Eu determinei. Manda pra cima de mim. Meu filho condecorou centenas de policiais militares. Vocês querem me associar a alguém por uma fotografia, uma moção há 15 anos atrás. As pessoas mudam, para o bem ou para o mal mudam. Não estou fazendo juízo de valor. Vamos esperar as investigações. Se bem que se for o padrão do porteiro da minha casa… – disse Bolsonaro, criticando as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco.
O presidente também disse que a responsabilidade pela morte de Adriano era da Polícia Militar (PM) da Bahia.
– Quem é responsável pela morte do capitão Adriano? A PM da Bahia, do PT. Precisa falar mais alguma coisa? – disse ele, ao ser perguntado se estava acompanhando as investigações do caso.
Bolsonaro diz que mandou condecorar Adriano em 2005 e afirma que, na época, o miliciano era um ‘herói’
Pela primeira vez presidente fala sobre o caso do ex-capitão do Bope e afirma que a responsabilidade pela morte foi a PM da Bahia, estado governado pelo PTCarolina Heringer e Thais Arbex15/02/2020 – 16:20 / Atualizado em 15/02/2020 – 21:28
RIO E BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro comentou pela primeira vez, na tarde deste sábado, a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio, morto durante uma operação da Polícia Militar da Bahia no último domingo. Ele falou sobre o caso na inauguração de uma alça viária que liga a Ponte Rio-Niteroi à Linha Vermelha, na Zona Portuária do Rio. O miliciano foi condecorado, em 2005, por um dos filhos do presidente, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, atualmente senador. Naquela ocasião, segundo disse Bolsonaro no Rio neste fim de semana, ele próprio pediu que Flávio homenageasse Adriano na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).PUBLICIDADE
– Para que não haja dúvida. Eu determinei. Manda pra cima de mim. Meu filho condecorou centenas de policiais militares. Vocês querem me associar a alguém por uma fotografia, uma moção há 15 anos atrás. As pessoas mudam, para o bem ou para o mal mudam. Não estou fazendo juízo de valor. Vamos esperar as investigações. Se bem que se for o padrão do porteiro da minha casa… – disse Bolsonaro, criticando as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco.
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O presidente também disse que a responsabilidade pela morte de Adriano era da Polícia Militar (PM) da Bahia.
– Quem é responsável pela morte do capitão Adriano? A PM da Bahia, do PT. Precisa falar mais alguma coisa? – disse ele, ao ser perguntado se estava acompanhando as investigações do caso.
Indagado ainda se atribuía a morte a uma questão política, Bolsonaro se esquivou e voltou a dizer que quem matou Adriano foi a PM da Bahia. Em seguida, ele comentou as condecorações feitas por seu filho ao miliciano, chamado por ele de “herói”.
– Ele foi condenado em primeira instância e absolvido em segunda – disse Bolsonaro, referindo-se a um processo no qual Adriano foi acusado de matar um guardador de carros. – Não tem nenhuma sentença transitada em julgado condenando o capitão Adriano por nada. Sem querer defendê-lo. Desconheço a vida pregressa dele. Naquele ano (2005), era herói da Polícia Militar. Como é muito comum, um PM quando está em operação mata vagabundo, traficante – disse Bolsonaro.
Fonte: O Globo
Foto: Clauber Cleber Caetano/PR