Por Folha Press
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, sua filha e o ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foram hostilizados, neste sábado (29), em um hotel no Rio de Janeiro. Eles deixavam o lugar quando um grupo de pessoas gritou e ofendeu o trio. Em um vídeo postado nas redes sociais da deputada é possível ver pessoas gritando “vai para Cuba” e a deputada respondendo “você vai para o inferno”.
Gleisi escreveu que está coletando imagens do ocorrido e acionou sua equipe jurídica. “Eu sou da paz, e política pra mim é confronto de ideias, não físico, como pretendem eles. Respondi às agressões porque não aceito e não podemos aceitar esse método fascista de intimidação, pregado e estimulado pelos Bolsonaro”, escreveu.
Em outubro do ano passado, o deputado José Guimarães (PT-CE) também foi hostilizado durante um voo de Fortaleza para Brasília. Com a repercussão do caso, parlamentares de diferentes partidos prestaram solidariedade, inclusive o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O PT divulgou uma nota sobre o ocorrido em que atribui os ataques a apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Neste sábado (29/02), quando estava de saída de um hotel no Rio em direção ao aeroporto, a deputada e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, foi abordada por um grupo de bolsonaristas com ofensas, palavrões e ameaças físicas, dirigidas também ao ex-senador Lindbergh Farias. Pessoas que estavam no local reagiram e a deputada também respondeu às ofensas. Os agressores usaram cadeiras e objetos para atingir quem nos defendia. Instalaram um tumulto, contido pelos funcionários do hotel”, diz o comunicado.
A nota do PT diz que os ataques foram previamente combinados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. “Como se tratava de uma provocação armada previamente, hoje as milícias digitais de Bolsonaro estão mais uma vez espalhando nas redes versões falsas que as próprias imagens divulgadas desmentem”, diz o PT.
O comunicado do PT diz que “medidas judiciais e na esfera policial estão sendo adotadas pelos advogados da deputada, para que os agressores sejam identificados e processados”.