“Bola não matou Eliza”, afirma goleiro Bruno

Às vésperas de completar dez anos, o caso envolvendo o goleiro Bruno Fernandes, 35 anos, pode sofrer uma reviravolta. Em entrevista ao site O TEMPO , o jogador inocenta o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado por ter sido o executor do assassinato e da ocultação do cadáver de Eliza Samudio. Diante das declarações, a defesa do ex-policial diz que vai estudar se há base legal para pedir a reabertura do processo.

“Até que me provem o contrário, para mim, o Bola é inocente. Nesse caso, ele é. Quero avaliar a prova que liga o Bola a esse assunto. Não tem. Foi muito mais naquela época lá, que tinha que condenar, quando o Macarrão falou no júri que o ‘Bruno agora é o mandante, agora fecha. O Bola é o executor’. Tá, ele é o executor, prova isso. Prova também que eu sou o mandante”, declarou o ex-goleiro do Flamengo.

“Não conheço ele de lugar nenhum, nunca vi o Bola na minha vida. Todos os amigos que eu tinha eu sempre registrei, sempre estiveram nas minhas fotos, uns conhecem os outros, mas o Bola não conheço. A meu ver, pelo que eu já ouvi de história, é muito mais perseguição do que ele nesse caso”, argumentou.

Bola foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado (por asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

Chave

Além de ter inocentado Bola, Bruno alega que Macarrão é “a chave de tudo” e que torce para ele “contar realmente a verdade”. 

“Acho que ele deve isso para a sociedade. Se ele foi a última pessoa a estar com a Eliza, por que ele não fala onde ela está então? Fala o que aconteceu realmente com ela. Não o que ele falou lá no júri, porque o júri é mentira”, ressaltou. Bruno disse que Macarrão já lhe contou o que realmente aconteceu, mas que cabe ao ex-braço direito esclarecer o caso. Macarrão não quis se pronunciar.