CMS: Audiência pública debate empoderamento feminino

No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Organização Lei das Marias vai realizar a audiência pública sobre a violência contra as mulheres. “Pela Vida das Marias” acontece, nesta quinta-feira (5), das 9h às 12h, no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador.
O encontro promoverá debate e reflexão sobre formas de empoderar e proteger as mulheres diante da crescente incidência do feminicídio e dos casos de agressão que, em sua maioria, acontecem no âmbito doméstico e familiar e têm como agressores pessoas da relação pessoal e afetiva. 
Diante deste cenário, que coloca a mulher em situação de vulnerabilidade, a Organização Lei das Marias convidou especialistas, militantes dos direitos humanos, em especial das mulheres, para contribuir com o debate acerca desta violência sistêmica. 
Participam da discussão Laura Augusta, psicóloga e militante da Rede Dandara, que atua com acolhimento a mulheres negras; Aniete Góes, psicopedagoga e mediadora de conflitos; Beatriz Victoria Carvalho, militante do enfrentamento à violência contra a mulher e Paulo Estrela, presidente da Associação de Karatê-do-ASKASAM e da Federação ANSHIN Karatê-da Bahia.

História

A Organização Lei das Marias nasceu a partir da experiência da presidente Celina de Almeida, no Centro de Referência Loreta Valadares, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ). Lá atuava no acolhimento e enfrentamento à violência contra a Mulher de Salvador, de 2013 a 2015, quando diagnosticou as dificuldades do entendimento das questões de gênero das mulheres atingidas pela violência. 
A entidade tem como propósito a transformação de mulheres Cis e Trans através do empoderamento físico e mental gerando bem-estar social.  Para isso, a Lei das Marias promove uma série de atividades com intuito de propagar conhecimento e reflexão sobre temas como masculinidade tóxica, comportamentos e relacionamentos abusivos e violência contra a mulher.  
A entidade promove oficinas de defesa pessoal, dinâmicas e terapias grupais objetivando promover práticas que contribuam para o cotidiano seguro da mulher, para o rompimento do ciclo da violência e para a independência emocional.