Será lançado no dia 14 de março, às 17h30, no Tamar, o Projeto Preguiça-de-Coleira, uma realização do Instituto Tamanduá, com apoio da Prefeitura de Mata de São João e financiamento da Concessionária Litoral Norte – CLN. Essa é a primeira ação de monitoramento realizada na região voltada à preservação da preguiça-de-coleira e tem como objetivo preservar o animal, que se encontra em extinção.
No sábado (14), acontece o evento para convidados no Projeto Tamar em Praia do Forte, e no domingo (15), o lançamento será voltado para a comunidade da Sapiranga, com uma feijoada para os participantes e comunidade local.
Após levantamento inicial e com base nos dados de relocação da espécie, realizado pelo Parque Klaus Peters, as atividades de pesquisa vão ocorrer na Reserva Sapiranga. A pesquisa vai monitorar o comportamento do animal e vai contar com uma equipe multidisciplinar envolvendo biólogos, veterinários e pedagogos, além de instituições como a FIOCRUZ, UESC e equipe do Instituto Tamanduá.
“O projeto irá levantar as áreas de ocorrência e entender as principais ameaças que acometem à preguiça-de-coleira, visto que das seis espécies existentes no mundo, duas estão ameaçadas de extinção”, explica o Coordenador de Unidades de Conservação Fábio Lima. Esta é uma espécie que tem ocorrência na Mata Atlântica. “Iremos integrar um conjunto de ações de pesquisa e educação ambiental que resultará em subsídios para criação de um plano de ação para a conservação da espécie”, pontua Fábio.
Além das atividades técnicas de pesquisa, um dos objetivos é realizar o plantio de espécies da flora a qual as preguiças se alimentam com maior frequência. As mudas do reflorestamento serão fornecidas pela CLN juntamente com a prefeitura de Mata de São João, que são parceiras em todas as etapas do projeto.
Os trabalhos de campo, que acontecem de 9 a 29 de março visam capturar as preguiças para instalação dos colares de monitoramento, o que vai gerar informações sobre a localização e aspectos comportamentais dos bichos.
Atividades Socioambientais
“Realizaremos um curso de formação de condutores ecológicos, ao mesmo tempo que estamos formalizando uma parceria com a UNEB (Universidade do Estado da Bahia), para a implantação da Universidade para Todos na região. O objetivo é fomentar a entrada dos jovens nas universidades públicas e consequentemente, incentivar a formação de novos pesquisadores”, declara a gestora e educadora ambiental do Instituto Tamanduá, Érica .
Foto: Divulgação/Ascom