Um levantamento do Setor de Estudos, Pesquisa e Geoprocessamento (Sepeg) da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) aponta que, em 2019, os acidentes de trânsito mataram mais homens do que mulheres na capital baiana. Dos 119 óbitos registrados entre janeiro e novembro do ano passado, 99 envolveram pessoas do sexo masculino, enquanto os outros 20 foram do sexo feminino.
Os principais tipos de ocorrências fatais envolvendo ambos os públicos foram atropelamento, colisão (quando veículos estão em movimento e se batem) e choque (batida em um obstáculo físico). Os meses que mais registraram mortes masculinas em 2019 foram novembro (19 óbitos), março e abril, com 13 cada. No caso das mulheres, março liderou com cinco mortes, seguido por maio e junho, que ficaram empatados – três registros em cada.
Os homens também lideram o ranking de vítimas em acidentes não fatais, com índice superior ao dobro do registrado com as mulheres. Das 4.333 pessoas envolvidas em ocorrências do tipo, no ano passado, 3.087 foram do sexo masculino e 1.246 do feminino.
A gerente de Educação para o Trânsito (Gedut), Mirian Bastos, destaca que o motivo pelo qual homens costumam se envolver em mais acidentes do que as mulheres está relacionado ao comportamento dos motoristas. “Já é cultural. Percebe-se que o espírito de competitividade, aliado à falta de respeito às regras de convivência, é muito forte entre o público masculino. Trata-se de uma característica do gênero. As mulheres são mais prudentes e costumam estar atentas às normas de segurança, principalmente quando são mães.”
Referência – Nos últimos anos, Salvador se tornou referência no país e no mundo quando o assunto é a preservação de vidas no trânsito. Para se ter uma ideia, em 2012, as ocorrências fatais envolvendo veículos nas vias da cidade ocupavam a 7ª colocação no ranking de causas de morte. Em 2019, o índice caiu para a 27ª colocação.
A capital baiana atingiu em 2017 – com três anos de antecedência – a meta da Organização das Nações Unidas (ONU) para a década 2011/2020, que estabelece redução em 50% do índice de mortes no tráfego. Países de diversas partes do planeta se comprometeram em trabalhar para atingir o objetivo. Entre 2012 a 2017, a metrópole soteropolitana reduziu em 51% o número de fatalidades no trânsito.
Foto: Max Haack – SECOM