Artistas baianos são acusados de deixarem músicos desamparados durante pandemia

Com a agenda de shows suspensas por conta da pandemia do Coronavírus, alguns artistas baianos, entre eles Daniela Mercury, Claudia Leitte, Durval Lelis (Asa de Águia), Ivete Sangalo e Bell Marques, estão sendo acusados de não prestarem qualquer tipo de assistência financeira para suas equipes (músicos, técnicos de som e luz, roadies, bailarinos, seguranças etc) durante a quarentena. As informações são de Fábio Oliveira de O Dia.

De acordo com a publicação, todas as equipes são contratadas como MEI, sem vínculos empregatícios, embora os artistas exijam uma certa ‘exclusividade’. Como não possuem carteira assinada, juridicamente os cantores não têm obrigação de manter os pagamentos se não há trabalho.

Ainda segundo Fábia Oliveira, por conta disso, os profissionais têm passado por dificuldades financeiras. Procurada por O Dia, a assessoria de Claudia Leitte não respondeu. Já com Ivete, a resposta foi: “vou falar com o empresário e se tiver uma resposta, te aviso”. O cantor Bell Marques frisou que não irá dispensar ninguém e que no há dívidas trabalhistas: “os salários já foram pagos e não vamos desligar ninguém, dando toda a assistência possível neste período.”Daniela Mercury informou que seus músicos, bailarinos e técnicos são contratados por temporada de shows: “São técnicos, bailarinos e músicos de diversos estados brasileiros que prestam serviço a vários artistas do Brasil e do mundo. Eles não recebem salários porque não são empregados. Geralmente são microempreendedores individuais e recebem quando são convidados e aceitam realizar o serviço. Há cerca de 10 anos, Daniela optou por fazer poucos shows no ano e não tem demanda para a contratação fixa. Apenas quando a artista é contratada para show, também são contratados esses profissionais.”