A comissão de clubes define na próxima sexta-feira (17) quem vai vender a transmissão de jogos do Campeonato Brasileiro pelos próximos quatro anos. A proposta na mesa – em dólares – é de um pouco menos de US$ 40 milhões (cerca de R$ 209 milhões) fixos pelo tempo total de acordo (até 2023). A maior parcela deste montante vai ficar para os clubes da Série A.
Os clubes ainda tentam melhorar os valores em contraproposta. Dentro do valor total há variáveis de acordo com o que a empresa vencedora da concorrência interna conseguir vender mundo afora. Há previsão de percentual para clubes da Série B e também Série C. Estes moldes ainda estão sendo discutidos com as duas empresas favoritas.
Na mesa, há algumas discussões sobre as divisões entre os clubes. O desenho da divisão é o seguinte:
- 75% divididos para clubes da Série A
- 20% para a B (que pode ter a transmissão também em edições futuras)
- 5% para a C.
O Athletico-PR não quer participar da venda de direitos internacionais. Sequer participou da reunião sobre o tema – apesar de ter prolongado as férias também por mais 10 dias. O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, discorda dos valores apresentados.
A oferta, por sinal, ainda é considerada baixa (em cada ano de contrato, um clube da Série A receberia menos de R$ 3 milhões pela fatia que tem direito, de um total de cerca de R$ 8 milhões). Mas há entendimento de que é o passo inicial – “degustação” para os potenciais clientes. Depois de quatro anos, renegociam por outros valores.
Alguns clubes, como o Flamengo, pontuaram que num primeiro momento mesmo o valor não sendo o ideal pode ser importante para a visibilidade dos clubes fora do país.
Mesmo com todas as indefinições de calendário, devido à pandemia do coronavírus, os clubes manifestam que as 38 rodadas – mesmo que atravesse os primeiros dias de janeiro de 2021 – dá segurança aos interessados.
A reunião de definição da vencedora é na sexta-feira, às 15h, novamente por videoconferência. Além da venda dos direitos de transmissão, as apostas de jogo também serão outro produto negociado pelos clubes.
Globo Esporte