O primeiro preso morto no estado de São Paulo por coronavírus era hipertenso e tinha 67 anos. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, a morte de José Iran Alves da Silva foi a primeira causada por coronavírus confirmada entre os privados de liberdade do sistema penitenciário do estado. Silva morreu ontem (19) na Santa Casa de Sorocaba, onde estava internado desde o dia 9.
O reeducando estava preso desde maio de 2016 na Penitenciária II Dr. Antonio de Souza Neto, em Sorocaba, interior do estado. No último dia 9, ele foi atendido na enfermaria da penitenciária apresentando febre e falta de ar, sendo imediatamente encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De lá, ele foi transferido para a Santa Casa. Além de hipertenso, ele fazia tratamento para a próstata.
Com a confirmação da infecção e morte por coronavírus, os colegas de cela de Silva estão sendo monitorados. A unidade prisional também suspendeu o banho de sol para a população carcerária, por precaução, e aumentou as medidas de limpeza e de prevenção. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, foram também distribuídas máscaras de proteção aos presos da unidade.
A secretaria informou ainda que avalia permanentemente as ações para o enfrentamento do vírus nas unidades prisionais. Nos casos suspeitos entre os presos, o paciente é isolado, e a Vigilância Epidemiológica local é contatada. Os servidores em contato com o paciente usam mecanismos de proteção padrão, como máscaras e luvas descartáveis.
Segundo a secretaria, se confirmado o diagnóstico, além de continuar seguindo os procedimentos necessários, o preso será mantido em isolamento na enfermaria durante todo o período de tratamento.
Até este momento, informou a secretaria, há quatro casos confirmados de coronavírus no sistema prisional do estado. Três detentos estão em tratamento, e um recebeu alta após ter se curado e cumprido a quarentena. Há ainda 51 presos isolados, em observação.
Agência Brasil