Pandemia da Covid-19 impacta mercado da Economia Criativa; grupo busca auxílio do poder público

A Economia Criativa é um dos setores atingidos pelas medidas de isolamento social e adiamento de festas e eventos no geral em virtude da atual pandemia. Motivados pela grande preocupação com a situação das empresas e dos trabalhadores da área, profissionais das mais diversas vertentes do setor se mobilizaram na criação do MOPE BA – Movimento Organizado dos Profissionais de Eventos da Bahia, uma organização social, sem fins lucrativos e sem bandeiras partidárias.

“O MOPE entende que este momento pelo qual passa o Brasil, provocado pela Covid-19, é de muita responsabilidade de todos nós. É preciso dialogar. Movimentamos R$ 936 bilhões por ano, o que equivale a 12,93% do PIB nacional. Em nível mundial, o valor que circula na Economia Criativa chega a R$ 32 trilhões de reais. Nossa cadeia produtiva responde por uma gigantesca rede de emprego e renda. 25 milhões de trabalhadores vivem desse segmento, o que representa 11,36% da população brasileira, realizando mais de 590 mil eventos por ano. Toda essa cadeia agora está parada e precisamos de ajuda. Trabalhadores, empresários, autônomos, passam por grandes dificuldades, faltando, muitas vezes, o mais básico dos direitos: alimentação” diz o texto de apresentação do grupo.

Ainda segundo a nota, o grupo busca o diálogo com os legisladores para através disso conseguir o auxílio do poder público. “Abriremos canais que possibilitem o debate para elaboração de medidas claras de proteção e sobrevivência de empresas e profissionais da Economia Criativa. A indústria do entretenimento foi a primeira a parar e provavelmente será a última a retornar, ainda assim, precisando de, pelo menos, mais um ano para uma reestruturação básica. Somos milhões de famílias, em todo país, precisando do poder público neste momento. No Dia do Trabalhador, os trabalhadores da Economia Criativa não têm motivos para comemorar. Precisamos ser ouvidos”, afirmam os organizadores.