A inflação brasileira sofreu os impactos na queda dos preços dos combustíveis e terminou o mês de abril em queda de 0,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9).
De acordo com o instituto, o resultado significa a menor variação mensal desde 1998, chegou a -0,51%. Esses números contaram com a influência da queda de 9,59% nos preços dos combustíveis, com os sucessivos cortes no preço da gasolina e do diesel, uma consequência econômica da pandemia do novo coronavírus.
Em contrapartida, alimentação e bebidas seguem em alta (1,79%) por causa das medidas de isolamento adotadas pelo país para conter a proliferação da doença.
“O resultado de abril foi muito influenciado pela série de reduções nos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina”, disse Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
A queda da gasolina exerceu o maior impacto negativo no índice, contribuindo para o recuo de 0,47 ponto percentual no IPCA. O produto registrou deflação em todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE. Curitiba registrou a maior retração, de 13,92%. O etanol apresentou queda de 13,51% no total do mês, enquanto o óleo diesel teve recuo de 6,09%, e o gás veicular de 0,79%.