Fabiano Bastos
Nos últimos dois meses, mais exatamente nos últimos 71 dias, por conta da quarentena imposta pela pandemia do Covid19 em todo o mundo, estou recluso em casa, trabalhando em home – office, só saindo em situações que se façam necessárias e/ou extremas (mercado, farmácia, médico de urgência…). Tenho o dever de me proteger e também a minha família, assim como o de preservar meu próximo. Estamos adeptos aqui em casa do tão falado “#ficaemcasa”, porem acrescentamos “fica em casa quem puder e só saiam se for necessidade extrema”!
Com todo este tempo relativamente sobrando, me permiti estar consumindo muita leitura, seja impressa ou pela internet, com elas vêem atreladas todo o lixo das mentiras e intrigas que são geradas pelas “fake news”, termo da moda. Reputo ser de muita importância a filtragem de tais notícias e informações, procuro fontes seguras, sites e redes sociais com credibilidade, busco sempre a descrição de onde vem a fonte da informação, existem agências de noticias de credibilidade, sejam elas nacionais ou internacionais. Como em qualquer segmento da sociedade, na imprensa existem bons e maus profissionais, inclusive nos tempos modernos parte dos veículos não passa credibilidade por não ter nos seus quadros, profissionais de imprensa com registro de DRT (O registro profissional de jornalista é um documento que concede o direito ao exercício da profissão em todo o país). Atualmente, não é obrigatório o cadastro no MTE para quem trabalha com o jornalismo. Porém, o registro é um diferencial e determinante em diversos processos seletivos. Além disso, o jornalista passa a atuar em conformidade com as leis federais, o que concede maior legitimidade à sua profissão), ou seja, se auto-intitulam profissionais imprensa!
Aliado ao processo da pandemia e do massacre das fake news, estamos vivendo a infeliz politização da crise mundial de saúde publica, de forma que tudo passa a ser potencializado. É bem verdade que esta situação vem ocorrendo em todo o mundo, porem entendo que está mais latente e explicito aqui no nosso Brasil. Minha humilde opinião é de que os nossos governantes, nas três esferas do poder, estão equivocados na politização e trato da pandemia (enfermidade epidêmica amplamente disseminada), no país. Esta parecendo mais um pandemônio (associação de pessoas para praticar o mal ou promover desordens e balbúrdias)! Temos alguns políticos/gestores que se salvam neste universo do caos, mas é uma parcela menor, em todo o Brasil. Cada um tensionando os assuntos de saúde, buscando atrelar soluções políticas à sua imagem pessoal. Grande equívoco! Na grande maioria os políticos que estão gestores não sabem para que lado vai a complexa necessidade humana por saúde, e não se preocupam em cercar-se de assessoria técnica e competente na área médica. Estão a tomar decisões ao seu bel prazer, de maneira autoritária e imperativa. Por conseqüência transformam a vida da população em um caos. Muitos dos tensionamentos sobre temas polêmicos e controversos da política na saúde pública, estão sendo impostos à população, também através de uma imprensa marrom, falsos profissionais que se utilizam das fake news para empurrar a ferro e fogo, tais informações ao povo alienado, de maneira equivocada e irresponsável. Quando o correto seria discutir as soluções com os profissionais técnicos e qualificados, que tenham domínio da pasta e que deveriam ser preferencialmente experientes.
Como cidadão brasileiro, contribuinte e eleitor, tenho estado muito angustiado com tudo o que estamos vivendo e principalmente vendo por parte de alguns daqueles que tem nas suas atribuições constitucionais o dever de zelar pelo seu povo. Realmente muito lamentável! Aproveito para finalizar deixando uma reflexão; ”estamos vivendo no Brasil a pandemia do coronavirus ou o pandemônio dele?!”
*Fabiano Bastos, soteropolitano, baiano e cidadão brasileiro
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