O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que generais que estão no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não representam as Forças Armadas. A declaração de Maia foi feita ao jornalista Tales Faria, no UOL Entrevista da tarde desta segunda-feira (1º).
“Um ministro que é general da reserva, ou ainda está na ativa e vira ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. Elas representam o Estado brasileiro”, disse Maia.
O presidente da Câmara seguiu ressaltando a diferenciação: “Esses ministros representam a política do governo Bolsonaro, legítima. Eles não podem misturar o histórico, a carreira deles, uma posição política, com o que representam as Forças Armadas. Não podemos criticar as Forças Armadas pelo movimento de um ministro político que foi das Forças Armadas”, completou.
Questionado se vê, neste momento, ameaça de ruptura da democracia, Maia disse que não. “Não vejo nas Forças Armadas nenhum movimento de politização ou apoio político ao governo. Elas têm papel de garantir o Estado, a nossa soberania, e assim deve ser de forma permanente”, afirmou.
MILITARES INTEGRANTES DO GOVERNO SOBEM TOM
Diante do acirramento da crise entre as instituições, após o outro ministro palaciano, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) criticar abertamente o STF (Supremo Tribunal Federal) e falar em “consequências imprevisíveis” para o país, cresceu a discussão sobre o apoio a uma espécie de intervenção militar ou golpe.
Em carta enviada aos colegas de turma e a jornalistas, na semana passada, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos,diz que “a imprensa ideológica parcial é nociva e buscará a todo custo denegrir a imagem das Forças Armadas, como tem feito ao longo de nossa história”.
“Não acreditem nas falácias diárias que tentam nos abater o moral. Não existe corrupção nesse governo!”, diz o ministro.
No mesmo dia, em coletiva no Palácio do Planalto, Ramos já havia rechaçado a tese de que os militares que estão no governo representariam uma influência das Forças Armadas.
ATAQUE AO CONGRESSO E STF É INACEITÁVEL, DIZ MAIA
Em meio à pandemia do novo coronavírus e do consequente impacto econômico causado pela Covid-19, o Brasil ainda sofre com uma crise política. Para o presidente da Câmara dos Deputados os ataques ao Congresso Nacional e ao STF em manifestações recentes são inaceitáveis.
“Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós estamos acompanhando movimentos como esse do último domingo que são inaceitáveis. É inaceitável que faça uma mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições democráticas”, afirmou.
Maia lembrou que muitas das manifestações políticas são estimuladas por notícias falsas.
“Eu fui vítima desde o ano passado desses ataques; hoje é o Supremo, em um movimento gravíssimo. Então nós precisamos organizar as relações dos Poderes com a sociedade. A maioria absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa”, afirmou, pedindo dureza no combate a tais incidentes.
“Eu acho que a Justiça tem que, respeitados os limites da lei, tomar decisões duras em relação às ameaças que se fazem aos ministros do STF. Quando é uma crítica, isso é da democracia e da liberdade de expressão”, afirma.
“Mas notícias falsas, ameaças… Por que se fazem ameaças? Porque se quer impedir que o outro cumpra suas funções constitucionais. Não quer que o ministro continue investigando as questões das fake news. Ir até a casa dele, agredi-lo, isso tudo passa do limite. O que não pode é milhares de robôs criando uma narrativa com pessoas estimulando ódio às instituições do Brasil”, conclui o presidente da Câmara.
O BRASIL NA PANDEMIA
Para o deputado, é natural que o isolamento social como imposição crie tensões e acirre a polarização no Brasil. No entanto, no momento, ainda é necessário ficar em casa.
“Acho que a sociedade começou a se manifestar contra o que está acontecendo, e nós precisamos ter equilíbrio, responsabilidade com o Brasil e com os brasileiros nesse momento. Não é o isolamento que faz a economia cair, é o vírus, aqui, na Europa, em qualquer país. Há uma crise sanitária que afeta a economia. O isolamento vai apenas na linha de salvar vidas”, disse Maia.
“Acho que vivemos um momento muito difícil da nossa geração, com certeza, nos últimos 100 anos —ou pelo menos desde a 2ª Guerra não vivemos um momento tão difícil, uma pandemia”, afirma o presidente da Câmara.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que generais que estão no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não representam as Forças Armadas. A declaração de Maia foi feita ao jornalista Tales Faria, no UOL Entrevista da tarde desta segunda-feira (1º).
“Um ministro que é general da reserva, ou ainda está na ativa e vira ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. Elas representam o Estado brasileiro”, disse Maia.
O presidente da Câmara seguiu ressaltando a diferenciação: “Esses ministros representam a política do governo Bolsonaro, legítima. Eles não podem misturar o histórico, a carreira deles, uma posição política, com o que representam as Forças Armadas. Não podemos criticar as Forças Armadas pelo movimento de um ministro político que foi das Forças Armadas”, completou.
Questionado se vê, neste momento, ameaça de ruptura da democracia, Maia disse que não. “Não vejo nas Forças Armadas nenhum movimento de politização ou apoio político ao governo. Elas têm papel de garantir o Estado, a nossa soberania, e assim deve ser de forma permanente”, afirmou.
MILITARES INTEGRANTES DO GOVERNO SOBEM TOM
Diante do acirramento da crise entre as instituições, após o outro ministro palaciano, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) criticar abertamente o STF (Supremo Tribunal Federal) e falar em “consequências imprevisíveis” para o país, cresceu a discussão sobre o apoio a uma espécie de intervenção militar ou golpe.
Em carta enviada aos colegas de turma e a jornalistas, na semana passada, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos,diz que “a imprensa ideológica parcial é nociva e buscará a todo custo denegrir a imagem das Forças Armadas, como tem feito ao longo de nossa história”.
“Não acreditem nas falácias diárias que tentam nos abater o moral. Não existe corrupção nesse governo!”, diz o ministro.
No mesmo dia, em coletiva no Palácio do Planalto, Ramos já havia rechaçado a tese de que os militares que estão no governo representariam uma influência das Forças Armadas.
ATAQUE AO CONGRESSO E STF É INACEITÁVEL, DIZ MAIA
Em meio à pandemia do novo coronavírus e do consequente impacto econômico causado pela Covid-19, o Brasil ainda sofre com uma crise política. Para o presidente da Câmara dos Deputados os ataques ao Congresso Nacional e ao STF em manifestações recentes são inaceitáveis.
“Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós estamos acompanhando movimentos como esse do último domingo que são inaceitáveis. É inaceitável que faça uma mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições democráticas”, afirmou.
Maia lembrou que muitas das manifestações políticas são estimuladas por notícias falsas.
“Eu fui vítima desde o ano passado desses ataques; hoje é o Supremo, em um movimento gravíssimo. Então nós precisamos organizar as relações dos Poderes com a sociedade. A maioria absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa”, afirmou, pedindo dureza no combate a tais incidentes.
“Eu acho que a Justiça tem que, respeitados os limites da lei, tomar decisões duras em relação às ameaças que se fazem aos ministros do STF. Quando é uma crítica, isso é da democracia e da liberdade de expressão”, afirma.
“Mas notícias falsas, ameaças… Por que se fazem ameaças? Porque se quer impedir que o outro cumpra suas funções constitucionais. Não quer que o ministro continue investigando as questões das fake news. Ir até a casa dele, agredi-lo, isso tudo passa do limite. O que não pode é milhares de robôs criando uma narrativa com pessoas estimulando ódio às instituições do Brasil”, conclui o presidente da Câmara.
O BRASIL NA PANDEMIA
Para o deputado, é natural que o isolamento social como imposição crie tensões e acirre a polarização no Brasil. No entanto, no momento, ainda é necessário ficar em casa.
“Acho que a sociedade começou a se manifestar contra o que está acontecendo, e nós precisamos ter equilíbrio, responsabilidade com o Brasil e com os brasileiros nesse momento. Não é o isolamento que faz a economia cair, é o vírus, aqui, na Europa, em qualquer país. Há uma crise sanitária que afeta a economia. O isolamento vai apenas na linha de salvar vidas”, disse Maia.
“Acho que vivemos um momento muito difícil da nossa geração, com certeza, nos últimos 100 anos —ou pelo menos desde a 2ª Guerra não vivemos um momento tão difícil, uma pandemia”, afirma o presidente da Câmara.
“Os economistas já projetando uma queda de 7%, a necessidade de corte de gastos, e junto com isso uma escalada e que não vem dessa pandemia, ela se mistura com a pandemia, porque vem do ano passado, com esses movimentos próximos ao presidente muito autoritários a quem diverge do presidente. Não é a quem faz algo de errado, mas a quem discorda do presidente”, disse.
“Os economistas já projetando uma queda de 7%, a necessidade de corte de gastos, e junto com isso uma escalada e que não vem dessa pandemia, ela se mistura com a pandemia, porque vem do ano passado, com esses movimentos próximos ao presidente muito autoritários a quem diverge do presidente. Não é a quem faz algo de errado, mas a quem discorda do presidente”, disse.
Folhapress