Embora líderes de alguns partidos da Câmara e do Senado tenham acenado nesta terça (16) com o que chamaram de “pré-acordo” com o TSE para adiar as eleições, nos bastidores, ainda há dúvidas sobre se haverá votos favoráveis no Congresso suficientes para a aprovação de uma emenda constitucional —são necessários 308 votos em dois turnos na Câmara.
Os prefeitos têm se posicionado contra o adiamento da eleição (prevista para 4 de outubro), principalmente os que tentam a reeleição. O prazo mais curto joga a favor de quem já está no cargo e já é conhecido pelo eleitor. A avaliação de parlamentares é a de que eles vão pressionar deputados contra a medida. Líderes do centrão estavam a favor de manter o pleito para outubro.
Se a proposta não for votada até o fim deste mês, a data de 4 de outubro tende a prevalecer, apesar da pandemia. Isso porque se perderia um dos principais atrativos para a classe política topar adiar o pleito: o adiamento da data limite para a desincompatibilização de cargos públicos, em 4 de julho. A aposta é que médicos e enfermeiros que ganharam protagonismo na pandemia possam sair candidatos, mas precisam de mais tempo.
As informações são da coluna Painel da Folha de São Paulo.