Em uma operação que inclui visitas a três estados, além do Distrito Federal, com passagem por fazendas, fiações e indústrias de beneficiamento de algodão, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) dá início, oficialmente hoje, 19, à Missão Compradores 2019. Trata-se de uma iniciativa que a entidade desenvolve desde 2015 de trazer industriais têxteis estrangeiros para conhecer a cadeia produtiva da fibra no Brasil. Este ano, a expedição conta com 20 integrantes, oriundos dos maiores destinos da pluma brasileira: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Índia e Coreia do Sul. Até o dia 24 de agosto, o grupo terá passado pelo Mato Grosso, Bahia e Goiás, visitando unidades produtivas de algodão e etapas como o beneficiamento da pluma, a classificação e a fiação, assim como o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que fica e Brasília.
“A Missão Compradores é uma das mais importantes ações que a Abrapa desenvolve na promoção do algodão brasileiro. Esse ano, ela tem um caráter ainda mais especial, pois conquistamos nesta safra o segundo lugar no ranking mundial de exportadores da commodity. Embarcaremos em torno de 2,1 milhões de toneladas de pluma. Se, antes, tudo o que produzíamos tinha destino certo, agora, temos de ser bons vendedores, e disputar o mercado com outros produtores. Por isso é tão importante mostrar os nossos diferenciais competitivos, como a modernidade e a sustentabilidade da produção no Brasil”, explica o presidente da Abrapa, Milton Garbugio. Segundo ele, durante os dias em que permanecerão no país, os estrangeiros terão uma mostra fiel do modo brasileiro de produzir e, principalmente, da seriedade com a qual os cotonicultores lidam com a classificação instrumental de algodão.
“Um dos momentos mais importantes da programação é quando apresentamos na teoria e mostramos na prática o nosso programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), que padronizou a classificação de pluma no país, conferindo muito mais segurança e credibilidade para os negócios com o nosso produto. Além de conferir importantes laboratórios de análise nos três maiores estados cotonicultores do Brasil, o grupo visitará o laboratório central de classificação, o CBRA, em Brasília, onde o melhor da tecnologia, aliado a critérios rígidos, são aplicados para fortalecer a nossa imagem no mercado global”, conclui Garbugio.