Semeadura da soja na Bahia vai começar em primeiro de outubro, define Comitê


Uma alteração no calendário de plantação da soja para a safra 2020/2021 ficou definida durante sessão virtual do Comitê Estadual do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, ocorrida nessa quinta (2), e que reuniu produtores, representantes de instituições de pesquisa e extensão, Ministério da Agricultura, secretaria de Agricultura e ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia), que preside o Comitê. A solicitação das associações de produtores para antecipação da data da semeadura para 01 de outubro deste ano foi aprovada pela maioria dos representantes do Comitê, após considerações apresentadas referentes à instabilidade pluviométrica na região, o que tem prejudicado os resultados na hora da colheita.


“A ADAB vai publicar uma portaria na semana que vem estabelecendo a alteração que se dará de forma excepcional, válida apenas para a safra 2020/2021. Após esse período, os prazos serão reavaliados para atestar se aumentou ou não a incidência da ferrugem asiática e o monitoramento será executado de forma contínua visando acompanhar a situação de perto”, ressaltou o diretor-geral da ADAB, Maurício Bacelar.


A instituição do vazio sanitário da soja na Bahia ocorreu em 2017 através da Portaria 235 por causa da reincidência da ferrugem asiática, responsável por causar incalculáveis prejuízos às lavouras.


“A ADAB se mantém presente na região produtora especialmente em épocas de plantio, orientando e promovendo uma fiscalização efetiva, e no período do vazio sanitário, monitora e fiscaliza a presença de tigueras nas áreas colhidas como parte do manejo da praga. Já estamos em campo atuando para proteger a lavoura e o patrimônio dos produtores garantindo as exportações da Bahia”, salienta Celso Duarte Filho, diretor de Defesa Sanitária Vegetal da ADAB.


A ADAB vai reforçar as ferramentas de controle e manejo da praga incluindo o monitoramento com drones para assegurar que as áreas semeadas estejam livres de plantas vivas durante o vazio iniciado no dia primeiro de julho. “Esse trabalho consiste em compreender melhor os riscos e ampliar a base de dados para executarmos com mais precisão o programa de controle”, reforça Nailton Souza, coordenador do Projeto Fitossanitário da soja.


Participaram da reunião Lucas Costa, secretário estadual da Agricultura, Paulo Emílio Torres, superintendente do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Pradella, representante da AIBA (Associação de Agricultores e Irrigantes), Julio Busato, da ABAPA (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), Marco Antônio Tamai, da Uneb de Barreiras, entre outros componentes da CTR da Soja.