A certificação do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) atesta a sustentabilidade do algodão produzido no país e é procedimento importante para o reconhecimento da qualidade da safra brasileira e imprescindível para a conquista de mercados internacionais. Em plena colheita no Oeste da Bahia, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) redobrou os esforços para garantir a manutenção da certificação e foi criado todo um protocolo para, mesmo na conjuntura de exceção propiciada pela pandemia de Covid-19, finalizar as auditorias nas propriedades rurais, visando a certificação.
Os trabalhos renderam a aprovação da certificação para 81 propriedades, que abrangem uma área total de 245.219 mil hectares de produção de algodão, representando 78,20% do total plantado no Estado. Essas propriedades demonstraram que estão cumprindo os protocolos necessários que levam em consideração o respeito às legislações ambientais, sociais, trabalhista, da saúde e de segurança dos empregados. As propriedades certificadas também demonstraram que fazem uso de critérios de responsabilidade social e sustentabilidade dentro e fora das propriedades.
O programa ABR é desenvolvido nacionalmente pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que atua em benchmarking com a entidade suíça Better Cotton Initiative (BCI). Ao todo, a certificação exige o cumprimento de 220 itens que seguem parâmetros internacionais. A produção das propriedades certificadas ganha um reconhecimento internacional de sua qualidade, podendo, na prática, competir com o algodão dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial, que são os Estados Unidos e a Austrália. O programa ABR foi iniciado na Bahia em 2011, quando a área classificada como sustentável foi aferida em 21,10%. O esforço da Abapa e dos produtores baianos foi elevando essa percentagem ano a ano até chegar, nesta safra 2019/2020, ao anunciado patamar de 81 propriedades certificadas e 78,20% da área plantada.
Fonte: Seagri/Abapa / Foto: Abapa