Na tarde deste sábado (24), o Vitória recebeu a equipe do Operário. Com muitas mudanças em relação ao time que esboçou reação no Campeonato Brasileiro da Série B, o Leão empatou a sua segunda partida seguida em casa pelo placar de 0 a 0 e não conseguiu se distanciar da zona do rebaixamento. Após a partida, o técnico Carlos Amadeu explicou a entrada de Nickson na partida.
“A gente entrou com um time que conseguiu ter controle melhor do jogo do que nas partidas anteriores, que era nosso grande objetivo. Criamos quatro grandes oportunidades no primeiro tempo. A gente teve controle de jogo, quatro grandes oportunidades. No finalzinho do jogo, a ansiedade, perdeu ali um pouco do controle do jogo. No intervalo, ideia era transformar time mais ofensivo, trazendo o Chiquinho de volta para a esquerda. Capa estava bem, não foi uma substituição técnica, mas estratégica, com o Nickson, para aproveitar o apoio do Chiqunho. O tiro saiu pela culatra. Fui chamado de burro. Mas isso faz parte do contexto. Tentei acertar, tentei transformar o time em mais ofensivo. Reconheço que não fui feliz na substituição”, afirmou e completou:
“Tem vezes em que somos felizes, os jogadores respondem bem. As coisas não andaram como eu gostaria. Assumo a responsabilidade. A gente perdeu um pouco. Nickson só melhorou no jogo quando foi para o meio, quando eu tirei Lucas. As outras substituições foram normais, sem nenhum problema. Wesley estava bem também, tecnicamente. A ideia foi colocar dois avantes para a gente poder ter mais jogadas pelos lados. E alinhar os dois avantes, que foi como ganhamos dois jogos. Voltamos à questão dos dois avantes. Wesley, naquele momento, nos 15 minutos iniciais do segundo tempo, sumiu um pouco. Mas não foi uma substituição técnica. Foi estratégia, para transformar o time com dois centroavantes”.
O comandante rubro-negro também aproveitou a ocasião para explicar as outras mudanças feitas na equipe, mesmo quando vinha de resultado positivo. Para o jogo deste sábado, o treinador promoveu a entrada de Jordy Caicedo no lugar de Anselmo Ramon, além dos retornos de Wesley e Chiquinho nas vagas de Thiaguinho e Ruy.
“O que é jogar bem? Ganhar? A gente jogou bem defensivamente. A gente controlou o adversário sem a bola. A gente não teve a bola nos jogos que a gente venceu. Hoje tivemos a bola no primeiro tempo e tivemos chances de gols, quatro chances. Nós jogamos bem e tivemos chances para fazer o gol e tivemos controle do jogo. Eu tenho a lucidez que os dois jogos em que não tive controle, venci o jogo. Então tenho que dar um jeito, estou me virando sem treinar, dando um jeito para botar os dois para jogarem juntos.
Em seguida, Amadeu destacou que o desempenho dos jogadores da base do Vitória que entraram no decorrer do jogo e não foram bem, casos de Nickson e Eron e disse que as as vaias foram justas.
“Eu diria a toda a torcida do Vitória que o Vitória renasce, nos anos 90, pela sua formação de base. Renasce através dos seus atletas da base. A torcida sempre foi muito tolerante com jogadores da base, sempre incentivou, raramente vi o torcedor do Vitória vaiar um atleta da base. Isso, ao longo dos anos, foi se transformando. É natural que jogadores com mais tempo no clube e que sofreram com quedas e resultados não tão expressivos, que a torcida exija mais. A torcida teve exigência grande com Ramon, e hoje ele tem até o apoio da torcida. Hoje a gente viu a torcida, de forma justa, pegar no meu pé por uma substituição do Nickson, ele não foi bem tecnicamente. Assumo a responsabilidade pela entrada dele. Poderia ter substituído ele e não o fiz, porque não vou fazer isso com um jovem, que é ativo do clube, que tem potencial, e que, mais à frente, vai estar recuperado e o torcedor vai aplaudir. Foi justa a vaia. O torcedor quer performance. O momento dele não foi de performance. Mas tenho certeza que ele vai conseguir. Peço apoio a todos os atletas. Se a gente ver que o atleta não quer ou não tem condições, é outra coisa. Mas ele tem grande potencial, passou por todas as categorias de base do Vitória. Teve convocações para a seleção por mérito. Hoje está vivendo um momento de busca por reconquista de espaço. Com tolerância, a gente pode conseguir. Acho que fui infeliz, sobretudo, porque coloquei ele de lado. Quando ele veio para dentro, melhorou”.
Com o resultado, o Vitória somou 19 pontos e caiu para a 15° colocação da série B, enquanto o Operário fez 25 e segue na 10° posição do campeonato.
O Leão volta a campo na próxima terça-feira (27), às 19h15, contra o Coritiba, no Couto Pereira, pela última rodada do primeiro turno.
Fonte: Galaticos Online