Quando o assunto é meio ambiente, o produtor rural está sempre atento às práticas conservacionistas. Contudo, nesta época do ano, em que aumenta expressivamente o número de incêndios (acidentais ou criminosos) em vegetação nativa, a categoria redobra os cuidados. Agora, os agricultores baianos se aliaram ao Corpo de Bombeiros para combater as queimadas. Na última sexta-feira, 23, a Fazenda Vale do Urso, localizada no município de Luís Eduardo Magalhães, foi palco para o Curso de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal (IV CPCIF).
O intuito foi ofertar uma vivência mais próxima à realidade, dando ao público noção de como agir em uma situação de emergência. Pelo menos 35 alunos de brigadas da Bahia, Acre e Paraíba participaram das aulas práticas. A iniciativa integra as ações do Programa Bahia Sem Fogo, e conta com o apoio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).
O proprietário da Vale do Urso e intermediador do evento, Danilo Kumagai, ressalta a importância em contribuir para essa capacitação. “O combate ao fogo é mais uma das etapas de conservação e respeito ao meio ambiente. É uma satisfação muito grande poder, de alguma forma, ajudar e intermediar a capacitação desses profissionais que auxiliam principalmente na preservação dos biomas, através da prevenção e do combate aos incêndios”, relatou o agricultor.
Para o coordenador do curso, Capitão BM Murilo Rocha, é extremamente importante levar a prática, realizada durante a semana, para situações reais. “A intenção é prevenir a ocorrência de queimadas, de modo a reduzir não só os impactos ambientais e econômicos. Com isso, conseguimos aprimorar ainda mais o nosso efetivo e, unindo teoria e prática, temos profissionais sempre bem capacitados”, conclui o Capitão Rocha.
Através do Centro Ambiental, a Aiba monitora, via satélite, os focos de calor e desenvolve ações de prevenção e combate a incêndios em vegetação nativa. “Eventos como esses permitem transferência de conhecimento e a capacitação em ações de prevenção e combate a incêndios florestais, reduzindo, assim, os impactos negativos do fogo em diferentes biomas, além de diminuir passivos ambientais em áreas com remanescentes de vegetação nativa e de preservação permanente e reserva legal”, relata a diretora de Meio Ambiente da Aiba, Alessandra Chaves, enquanto cita algumas ações da entidade, a exemplo da elaboração do guia de boas práticas de prevenção a incêndios em propriedades rurais.
Ascom Aiba