BERLIM – O chefe da agência reguladora de vacinas da Alemanha disse que alguns grupos de pessoas que vivem no país podem ser vacinados no início do ano que vem contra o coronavírus, que já matou quase 800 mil pessoas em todo o mundo e fez estragos na economia global.
Mais de meia dúzia de farmacêuticas de todo o planeta estão realizando testes clínicos avançados, cada um com dezenas de milhares de participantes, e várias esperam saber se suas vacinas contra Covid-19 funcionam e são seguras até o final deste ano.
Klaus Cichutek, chefe do Instituto Paul Ehrlich (RKI), disse ao grupo de jornais Funke que dados de testes de estágio inicial e intermediário mostraram que algumas vacinas desencadearam uma reação imunológica contra o coronavírus.
“Se dados de testes de estágio avançado mostrarem que as vacinas são eficientes e seguras, as primeiras vacinas poderiam ser aprovadas no começo do ano, possivelmente com ressalvas”, disse.
“Com base nas garantias dos fabricantes, as primeiras doses para pessoas da Alemanha estarão disponíveis a esta altura, de acordo com as prioridades estabelecidas pelo Comitê Permanente de Vacinação”, disse Cichutek, referindo-se ao grupo que faz recomendações para o uso de vacinas licenciadas no país.
As infecções aumentaram na Alemanha nas últimas semanas, e dados do RKI sobre doenças infecciosas divulgados nesta quarta-feira mostraram que o número de casos confirmados de coronavírus aumentou 1.510 e chegou a 226.914.
O RKI disse que 39% dos casos provavelmente foram importados, e Kosovo, Turquia e Croácia foram os mais assinalados como fontes prováveis de infecções em semanas recentes.
Várias farmacêuticas, incluindo Moderna, AstraZeneca e Pfizer Inc, dizem acreditar que produzirão mais de um bilhão de doses de uma vacina no ano que vem.
A empresa de biotecnologia alemã CureVac não descartou um processo de aprovação acelerado para sua vacina em potencial e espera colocá-la no mercado em meados de 2021.
Já a Rússia disse que sua vacina estará disponível até o final deste mês.
Fonte:Reuters / Foto:REUTERS/Anton Vaganov/