Bellintani admite motivos para “Fora Roger” e justifica permanência do técnico

Grande parte da torcida do Bahia já aderiu ao “Fora Roger”. A cada rodada, a campanha para a saída do técnico ganha mais adeptos.

Mas, o treinador segue no comando da equipe. Foi o que afirmou o presidente Guilherme Bellintani em bate-papo com torcedores no Twitter.

O dirigente admitiu motivos para trocar o comandante e justificou o porquê de não ter mudado. “Um papo reto, aberto e franco com você, torcedor do Bahia. Há inúmeros motivos para o “Fora Roger”. Há frustrações compreensíveis. Todos nós sabemos que podemos e merecemos mais. A decisão mais fácil para a diretoria e mais aplaudida pela maioria da torcida seria trocar o treinador ainda antes do início do Brasileirão. Um alívio de curto prazo e muitos tapinhas nas costas. Pensamos seriamente nisso, até porque a troca não seria uma decisão absurda. Após o título estadual, analisamos uma série de fatores e, diante do cenário levantado, com todas as informações e contextos avaliados, decidimos continuar com Roger. Conversamos muito, debatemos os problemas, reconhecemos os erros, defeitos e tb os pontos positivos. No início do Brasileirão, traçamos uma meta de pontos a cada grupo de 6 jogos. Essa projeção nos coloca com chances reais de Libertadores e foi o parâmetro que escolhemos para avaliar o trabalho do treinador e dos atletas, evitando inclusive análise isolada jogo a jogo. Além da meta de pontuação, passamos a valorizar ainda mais questões como liderança do treinador, respeito do grupo, envolvimento dos atletas com o projeto e competitividade nos jogos (deixar o máximo em campo). Isso também é importante e é uma análise que fazemos dia a dia. No momento em que percebermos que algum desses elementos está ameaçado, faremos mudanças. Se os requisitos citados estiverem sendo alcançados, entendemos que o certo é dar sequência ao trabalho que, com as metas atingidas, pode se tornar histórico para o clube”, disse.

O mandatário também comentou sobre as críticas ao time. “Todos os clubes têm apresentado dificuldade técnica, tática e física nessa retomada do futebol – jogos com intervalos de três dias, após quatro meses de paralisação. Equipes com treinadores contestados e quase demitidos estão hoje em posições de dianteira no campeonato. Temos profundo respeito a quem pensa diferente, aos que tomariam outra decisão se estivessem em nosso lugar. Mas o que escrevi aqui para vocês é a síntese mais verdadeira do que acredito, com a alma de quem quer o melhor para o clube. Ser omisso para nós seria trocar o treinador sempre que tivéssemos um momento ruim da equipe. Segurar a pressão quando acreditamos ainda haver potencial pra evolução é uma escolha que requer firmeza. Não é teimosia, é decisão com base na avaliação de todo o cenário”. 

Por fim, o mandatário prometeu esforços e voltou a afirmar que serão feitas mudanças caso a resposta em campo não seja dada. “Estamos trabalhando para sermos competitivos sempre (mesmo que nem sempre com o futebol mais vistoso), mantermos a meta de pontuação traçada no início do campeonato e termos um grupo de atletas envolvidos. Se isso não acontecer, estaremos preparados para mudanças”, completou.

Fonte:Galáticos / Foto:Divulgação