Discutir com a Prefeitura a situação dos barraqueiros que trabalham na orla de Salvador. Esse é o objetivo da audiência solicitada pela Associação dos Comerciantes em Barraca de Praia da Orla Marítima de Salvador (ACBPOMS). Entre as pautas de reinvindicação desses trabalhadores estão a: reabertura das barracas de praia e liberação do protocolo; anistia do DAM referente do início e ao termino da pandemia; redução do valor do DAM; prorrogação do auxílio da prefeitura até dezembro; inclusão dos barraqueiros no novo projeto da orla de Salvador.
Allan Diou Rebellatto Beato, presidente da ACBPOMS, ressalta que a principal reinvindicação da categoria no momento é, de fato, a reabertura das praias. “É preciso que se entenda que nós barraqueiros estamos há seis meses sem trabalhar. Estamos devendo até as cuecas, estamos todos enforcados. Tem gente em situação bem precária… Apesar desse auxílio de R$280 ajudar bastante, estamos passando necessidade. Precisamos pagar água, luz… A gente precisa voltar a trabalhar”, explica Allan.
Outra pauta dos barraqueiros, segundo o presidente, é que a administração municipal prorrogue o auxílio até dezembro, mesmo com a reabertura das praias. A anistia no pagamento do Documento de Arrecadação Municipal também citada por Allan: “Precisamos desse retorno da Prefeitura pra a continuar sustentando a família da gente. Temos ciência da pandemia e apoiamos tudo que o governador e o prefeito estão fazendo, mas precisamos desse retorno e ter ciência de quando será essa reabertura para que a gente possa se organizar. Outra coisa é esse DAM que é muito caro. Ele é o dobro do preço que era na época de uma barraca de praia antes. Chega quase a 3 mil por ano, sendo que antes pagávamos cerca de 1,5 mil! Isso precisa ser revisto, pois está insustentável”.
“A qualquer momento o prefeito terá que reabrir e nós barraqueiros, precisamos sentar com ele para saber como serão esses protocolos de reabertura e passar para toda a nossa classe. A gente sabe também que a Prefeitura está elaborando um projeto para a praia e nós queremos ter ciência do que está sendo feito e participar dessa construção. Queremos dialogar afinal, é sobre o nosso trabalho. Isso tem preocupado muito os barraqueiros”, completa.