Lucratividade do confinamento em 2019 chega a 20%

A margem de lucro da operação de confinamento neste primeiro ciclo de 2019 ficou em uma faixa de 15% a 20%. Quem atualizou o número ao Giro do Boi desta segunda, 02, foi o gerente do Confinamento JBS José Roberto Bischofe Filho. “2019 conseguiu atender todas as nossas expectativas de engorda e rentabilidade aos nossos parceiros. […] O pecuarista que engordou boi em cocho com a gente teve uma rentabilidade entre 15% a 20% neste período, aumentou a produtividade com mais lotação e transformou mais arrobas em produto de qualidade”, destacou.

As unidades do Confinamento JBS estão distribuídas em cinco municípios de três estados; Terenos, no Mato Grosso do Sul, Guaiçara e Castilho, em São Paulo, e Lucas do Rio Verde e Nova Canaã do Norte, no Mato Grosso. As unidades oferecem ao produtor quatro modelos de negócio que variam conforme o perfil do lote a ser engordado e também de acordo com o perfil de investidor do pecuarista.

As modalidades são (i) arroba produzida, em que o produtor acerta um preço fixo pelas @ engordadas dentro do cocho; (ii) diária, onde há um preço fixo por cada dia em que o boi permanece no confinamento, o tradicional boitel; a parceria, quando o peso em que o boi magro entra no confinamento é remunerado depois da engorda com valor da @ de boi gordo; (iv) e a ração por quilo, usada de maneira geral para as fêmeas.

Bischofe explicou que para pecuaristas mais conservadores, a modalidade mais adequada é em @s produzidas, que oferece mais segurança. Já o pecuarista que leva ao cocho boiada com boa genética, boa eficiência alimentar, pode se valer da modalidade diária.

As unidades estão todas habilitadas ao mercado de exportação, portanto o pecuarista que destina lotes à engorda intensiva está habilitado para receber eventuais premiações de determinados canais de venda da carne que produziu e também os protocolos de remuneração como 1953.

Além do resultado positivo da operação, com margens que variam entre 15% a 20%, e remuneração pela qualidade de carcaça produzida, Bischofe ressaltou também o ganho indireto que o pecuarista tem com possibilidade de aumento da produtividade dentro da porteira. “No lugar de um animal de 400 a 450 kg (peso de entrada de um boi em confinamento, por exemplo), você pode colocar três bezerros, então você aumenta a produtividade na fazenda. Você traz este animal para o cocho, nós vamos colocar um ganho nele, vamos colocar arrobas nele e você pode já travar no mercado futuro, então seu risco é praticamente zero, já trava suas arrobas no mercado futuro e ainda acessa os protocolos de qualidade”, explicou.

Em nenhuma das modalidades de negócio há desembolso por parte do produtor. Os valores referentes à engorda e frete são descontados somente no momento do abate dos animais. Mortes e rejeitos de cocho são de responsabilidade da companhia. “Nós buscamos boiadas em um raio médio de até 400 a 600 quilômetros das plantas de confinamento. O frete, a comida, nada tem desembolso, a gente acerta hora do abate”, reforçou.

BOI DAS ÁGUAS
Conforme o confinamento se transforma em uma ferramenta mais versátil, como um verdadeiro “canivete suíço”, seu uso está sendo feito por pecuaristas com sistemas diversos de produção e em momentos diferentes do ano. Mesmo a volta da estação chuvosa, por exemplo, as unidades do Confinamento JBS seguirão em plena atividade. Será o momento de engorda do chamado “boi das águas”, que contarão até com remuneração diferenciada. “O animal que entrar em cocho neste mês setembro morre ainda este ano. Mas os lotes que entrarem nos próximos meses morrerão em janeiro de 2020. A gente vai ter o protocolo do “boi das águas” para os bois abatidos de janeiro a junho. O produtor vai ter premiação extra, particular de cada unidade”, indicou.

Fonte: Giro do Boi