Mais uma geomanta vai reforçar a segurança dos moradores da Fazenda Grande do Retiro em período de chuva. A estrutura foi entregue pelo prefeito ACM Neto nesta quinta-feira (01), na 1ª Travessa Pacheco de Oliveira, e em companhia do diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macedo.
Essa é a oitava geomanta apenas na Fazenda Grande do Retiro. As outras sete foram aplicadas nas travessas Florentino, Silveira, Libertadores e Rua do Calafate. Algumas dessas travessas receberam mais de uma geomanta.
O motorista aposentado Robson Augusto dos Santos, de 59 anos, e morador da localidade há 55, contou que a obra proporcionou um alívio muito grande a todos que vivem nas proximidades. “Essa geomanta nos deu um seguro de vida. Se não fosse ela, ainda estaríamos correndo sérios riscos. Quando chovia, a gente não dormia e parte do barro começava a descer”.
ACM Neto lembrou, durante a entrega, que a atual gestão já se aproxima de uma média de 300 encostas protegidas, tanto por obra de contenção como por geomanta. “Somente essa semana, autorizamos mais 37 intervenções como essa. Com essa encosta estamos propiciando muito mais segurança para 980 pessoas de maneira direta. Pessoas que, necessariamente, não escolheram colocar suas casas em área de risco”, disse.
Ainda de acordo com o prefeito, é um orgulho muito grande saber que após quase oito anos de trabalho, Salvador é hoje uma cidade muito mais segura e mais bem preparada. “Ainda há muitas pessoas em área de risco, mas ao olhar a realidade do passado e a de hoje, percebemos que a transformação que aconteceu foi extraordinária. Esse ano foi o mais chuvoso dos últimos 36 anos na capital. Se essas chuvas tivessem acontecido há seis, sete anos, infelizmente hoje estaríamos chorando não apenas as vítimas do coronavírus, mais também as vítimas das precipitações”, afirmou.
Dimensões – Formada por um composto de PVC e geotêxtil com cobertura de argamassa jateada, a proteção da 1ª Travessa Pacheco de Oliveira possui 716 metros quadrados de área. O investimento foi de cerca de R$ 99 mil, provenientes de recursos municipais. Desde quando foi adotada pela Prefeitura, em 2016, a técnica da geomanta já foi aplicada em 195 áreas de risco, totalizando mais de R$17 milhões de recursos investidos.
Novas intervenções – Na semana passada, a Prefeitura autorizou a aplicação de mais geomantas na cidade em bairros como Cajazeira VI, Cajazeira VIII, Castelo Branco, Pirajá, Pero Vaz, Caixa d’Água, Mata Escura, Sussuarana, Engenho Velho de Brotas, Vale dos Lagos e Campinas de Pirajá. O investimento total estimado é de R$ 4.936.243,00.
“Todos nós sabemos que o equipamento para a contenção de encosta é muito oneroso e a execução também é mais demorada. Então, enquanto essas localidades ainda não conseguem a contenção, a Prefeitura está implantando essa tecnologia moderna, que é a geomanta, garantindo a proteção dessas localidades por, pelo menos, mais cinco anos. As geomantas são muito mais eficazes que as lonas. Futuramente, a intenção é que todas essas geomantas sejam substituídas pela contenção”, contou o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macedo.
Fotos: Valter Pontes/Secom