Com expectativa de produtividade recorde no Brasil de 133 milhões de toneladas, a abertura nacional de colheita da soja 2020-21 aconteceu na Bahia pela primeira vez. Em formato inédito, com atividades presenciais e remotas, reuniu palestrantes, convidados, representantes de associações e especialistas em sojicultura em Luís Eduardo Magalhães, oeste do estado, nesta quinta (4).
“A cidade se transforma na capital da sojicultura nacional através desta celebração da produção sustentável que cresce a cada safra, a partir dos esforços dos produtores, da superação das dificuldades como a falta de chuvas e no manejo de pragas que aparecem durante o processo, mas a abordagem assertiva dos produtores baianos tem impressionado, garantindo ao estado mais geração de empregos e renda”, atesta Maurício Bacelar, diretor-geral da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia), presente ao evento que acontece na fronteira agrícola do Matopiba, a festejada congregação dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Na programação do evento realizado em parceria com a FAEB (Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia), a apresentação de painéis sobre a relevância econômica e os cuidados socioambientais que cercam a sojicultura.
A temática do evento foi definida para ilustrar a abrangência das demandas tratadas pelos produtores nesta temporada, que inclui vendas de terras a estrangeiros, projeto que tramita no Congresso Nacional, desafios de mercado, questões tributárias, tecnologias e o clima para a colheita.
Participaram da abertura presencial os secretários da Agricultura da Bahia, Lucas Costa e do Maranhão, Sérgio Delmiro, Bartolomeu Brás, presidente da Aprosoja Brasil, Alan Juliani, presidente da Aprosoja Bahia, Luís Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa, Junior Marabá, prefeito de Luís Eduardo e Humberto Miranda, presidente da FAEB, que destacou a pujança do celeiro de produtividade agropecuária da Bahia. “A soja é produzida no oeste baiano cercada de uma atenção especial onde são protegidos os recursos naturais e há intensa sintonia entre inovação, tecnologia e meio ambiente”.
Cercado de cuidados como distanciamento entre os participantes, utilização de máscara e álcool em gel, a abertura da colheita recorde manteve o tradicional enfileiramento de máquinas colheitadeiras em Luís Eduardo Magalhães, conhecida como “pérola do oeste”, e considerada a capital do agronegócio em uma área que agrega nove outras cidades produtoras. A região responde pelo cultivo de 1,7 milhão de hectares com soja, 360 mil hectares com algodão e 170 mil ha com milho.
A produtividade de soja na região também deverá ser superior a do ano passado com uma média de 64 sacas por hectare em plantio de 1,68 milhões de hectares.