Mandata Pretas Por Salvador critica volta às aulas presenciais e defende vacina para todos e extensão do auxilio emergencial na segunda sessão ordinária da Câmara

Mandata coletiva também denunciou o esvaziamento proposital na sessão por parte da bancada do governo

Na segunda sessão ordinária e primeira sessão legislativa da 19ª legislatura da Câmara Municipal de Salvador (CMS), a Mandata Coletiva Pretas Por Salvador (Psol) levou para o plenário assuntos importantes como a questão da volta às aulas presenciais, a ausência da Tribuna Popular, os atos contra o governo Bolsonaro que tem acontecido em todo o país, a violência política de gênero contra vereadoras eleitas, além da importância da vacina contra a Covid-19 para todos e a extensão do auxílio emergencial. A mandata ainda denunciou o golpe realizado na sessão por parte da bancada do governo, onde tirou o direito de fala de vereadores da oposição.
“Estamos sentindo falta da Tribuna Popular. Precisamos pensar em mecanismos para garantir a participação das pessoas neste espaço, mesmo que seja remotamente, porque a gente entende que é um local onde o povo consegue acessar e comprovar que a Câmara é um espaço dele”, pontuou a co-vereadora Laina Crisóstomo.
A mandata não deixou de registrar sobre os atos contra o governo Bolsonaro que tem acontecido em todo o país: “A gente tem feito resistência contra esse governo fascista e genocida. Esses atos estão acontecendo há algum tempo e neste final de semana foram realizadas passeatas e atividades com vários pontos, dentre eles, o pedido de impeachment do presidente, a vacinação contra a Covid-19 para todas as pessoas e a garantia do retorno e ampliação do auxílio emergencial.
A mandata Pretas por Salvador entende que as mortes na pandemia estão acontecendo por várias razões, e que por essas razões serem diversas, também precisam existir iniciativas diversas: seja na perspectiva do direito à saúde como também da garantia de renda básica para permitir que a população tenha condições de se alimentar.
A preta Laina Crisóstomo também tratou a respeito da violência política de gênero contra vereadoras eleitas no Brasil. Dentro de um mês, três parlamentares sofreram atentados contra suas vidas envolvendo arma de fogo. “São companheiras que foram ameaçadas e estão vulnerabilizadas exatamente porque discutem a política a partir do viés da garantia dos direitos humanos, da liberdade dos seus corpos e da sua liberdade e autonomia de fazer política”, pontuou Laina.
A co-vereadora encerrou o discurso trazendo o debate da volta às aulas presenciais. A mandata defende uma educação transformadora construída com liberdade, não apenas pensando na produtividade. Estudos comprovam que países que retornaram as aulas durante a pandemia tiveram o índice de contaminação elevado. Portanto a mandata defende que é preciso colocar a vida em prioridade e focar na necessidade da vacinação em massa para todas as pessoas.
Boicote na sessãoEm entrevista para a TV Câmera e no instagram oficial das Pretas, a co-vereadora Laina denunciou o esvaziamento proposital da bancada do governo na sessão ordinária. Por falta de quórum, vereadores da oposição tiveram o direito de fala retirado: “A bancada do governo se retirou para não ter quórum. Fizeram a contagem errada propositalmente e a sessão caiu. Eles não têm coragem e argumentos para debater com a gente. Jogam o fogo e correm. São covardes!”


Fotos: Valdemiro Lopes