“Criança Ferida” faz parte da programação do Catálogo Brasileiro de Teatro , que exibe espetáculos gratuitos online, pela plataforma Zoom
Estreia nesta sexta, 19 de março, às 20h, a peça “Criança Ferida ou de como me disseram que eu era gay”, que retrata o preconceito contra a homossexualidade, baseada em situações cotidianas. A trama mistura relatos biográficos e de ficção do autor e ator, Vinicius Bustani, que construiu a narrativa após revelar aos pais, familiares e amigos sua sexualidade.
Muito além de rever questionamentos, hábitos e chavões, “Criança Ferida ou de como me disseram que eu era gay” se propõe a falar sobre homofobia velada e já naturalizada nas relações mais íntimas das pessoas, que acaba por criar gerações de crianças solitárias, confusas, com sensação de isolamento e falta de lugar no mundo.
Bustani reforça como a compreensão do outro sobre a sexualidade afeta a formação do indivíduo. “A gente não se dá conta da nossa sexualidade. Somos informados pelo mundo, apontados pelos outros como gays e muito cedo recebemos essa informação como uma coisa negativa”.
Dirigido por Paula Lice, o espetáculo recebeu o Prêmio da Ordem do Mérito Cultural da Diversidade LGBT, outorgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), e foi indicado ao Prêmio Braskem de Teatro 2018, na categoria Texto. Criança Ferida ou de como me disseram que eu era gay terá exibição única no palco virtual do projeto Catálogo Brasileiro de Teatro.
O Catálogo Brasileiro de Teatro é uma realização da Fred Soares Produções e sua versão online conta com o apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Foto:Paula-Figueiredo