Equipes de fiscalização e inspeção da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) atuam em diversas frentes para evitar a entrada de cargas agropecuárias sem origem conhecida ou produtos não inspecionados. Neste último final de semana, ocorrências em diferentes territórios de identidade revelam que as tentativas de adentrar à Bahia com produtos ilegais têm se multiplicado. “Já tínhamos percebido as estratégias de motoristas das cargas ilegais, como desvio de rota e disfarce das mercadorias clandestinas, então, aumentamos a atenção nas barreiras sanitárias para evitar riscos à saúde pública através da entrada de inúmeras doenças com possibilidade de acometer os rebanhos e consumidores além de proteger os empregos de milhares de baianos no segmento agroindustrial”, reitera Maurício Bacelar, diretor-geral da autarquia.
Na Bacia do Rio Corrente, a fiscalização apreendeu uma carreta oriunda de Buritis, em Minas Gerais, com destino ao município baiano de Serra Dourada carregada com 68 bovinos. A carga foi interditada até que os proprietários providenciassem a Guia de Trânsito Animal (GTA), pois circulava sem documentação adequada para trafegar entre estados. Os responsáveis foram autuados e multados e os animais recolhidos à uma fazenda, às margens da BA-172, enquanto a documentação é enviada de Minas para o serviço veterinário oficial baiano.
“Houve a tentativa de mascarar o verdadeiro destino do gado; no entanto, descobrimos que o veículo não seguiria para Minas, e sim para a Bahia, porém sem documento não podemos permitir, pois precisamos garantir a segurança de nossos animais”, enfatiza Maurício.
No Território de Itaparica, as equipes percorreram Paulo Afonso, Rodelas, Macururé e Glória para checar as práticas de abate e venda clandestina de carnes ovina, caprina e suína. “Estamos programando novas ações para a região, com o intuito de inibir condutas ilícitas, evitando que o consumidor leve à mesa produtos sem inspeção, desprovido de informações fundamentais, como origem, acondicionamento e transporte”, ressalta Ednilton Brito, coordenador do Programa de Combate ao Abate Clandestino da ADAB. “Nos locais, organizamos palestras educativas, orientando as práticas corretas e o que não pode acontecer na lida com as carnes e produtos alimentícios, chamando atenção especialmente para a higiene nas áreas de armazenamento”, reforça Ednilton.
Na Costa do Descobrimento, em Porto Seguro, a fiscalização que ocorreu em parceria da ADAB e prefeitura municipal, envolveu agentes da Secretaria de Agricultura e Vigilância Sanitária. Foram apreendidos cerca de 200 kg de queijo e manteiga também vindos de Minas Gerais e sem estampar o selo de inspeção ou informações para comercialização interestadual. A carga de produtos lácteos foi encaminhada para inutilização.
Também ações educativas foram desenvolvidas em Vale Verde para coibir o trânsito clandestino de produtos e subprodutos de origem animal e vegetal, com apoio da Polícia Rodoviária Estadual e Polícia Militar com a distribuição de panfletos da Campanha de Prevenção a Incêndios Florestais do PAFS (Programa Ambiente Florestal Sustentável) integrado pela ADAB.