O vereador Claudio Tinoco (Democratas) lamentou a morte do menino Ryan Andrew, de 9 anos, que morreu na noite desta sexta (26) atingido por disparo de arma de fogo após operação envolvendo a polícia no Vale das Pedrinhas, na região do Nordeste de Amaralina. Tinoco irá acionar o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Secretaria de Segurança do Estado (SSP-BA) para cobrar maior investigação do caso.
“Infelizmente Ryan não foi a primeira vítima dessa guerra instalada no Nordeste de Amaralina e em outras tantas comunidades de Salvador. Lembro muito bem do menino Joel, de 10 anos, que foi atingido por um tiro no rosto em 2010 quando se preparava para dormir na casa onde morava com os pais, também no Nordeste de Amaralina. Evento que, inclusive, terminou com afastamento do policial que disparou a arma. Esses dois casos infelizmente não são isolados. Tivemos outros tantos casos de crianças que acabaram sendo vítimas dessa violência dentro e fora do Nordeste de Amaralina”, relembrou Tinoco.
De acordo com informações da Polícia Militar, a troca de tiros teria ocorrido na noite de ontem, no Vale das Pedrinhas, por volta das 22h. Depois do confronto, Ryan foi encontrado baleado na varanda de casa. Ele foi socorrido pela viatura para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A PM informou que militares da 40ª Companhia Independente da PM (CIPM/Nordeste de Amaralina) estavam fiscalizando possíveis aglomerações e outros desrespeitos aos decretos da pandemia quando começou o confronto com bandidos. A versão, no entanto, é contestada por moradores do local que afirmam que os policiais já chegaram no local atirando.
Durante este sábado (27) diversos atos de protesto foram registrados na região do Nordeste de Amaralina pedindo por justiça para Ryan Andrew.
O vereador cobrou uma apuração minuciosa do caso. “Precisamos de uma resposta do que aconteceu e de um pronunciamento do estado sobre o que está errado nessa política de polícia comunitaria. O Nordeste possui três bases comunitárias, delegacia, companhia de polícia, que foram instaladas ali como uma estratégia do governo de um Pacto pela Vida, mas infelizmente não é isso que vemos assistido. O que é a realidade é um conflito permanente que envolve a morte de inúmeras vítimas. Precisamos saber de onde veio a bala que matou Ryan e responsabilizar os culpados”, cobrou Tinoco.