Marta diz que vacinação de professores é primeiro passo, mas pontua: “Não pode servir para abrir escolas de maneira açodada e sem diálogo”

Líder da oposição na Câmara, a vereadora Marta Rodrigues (PT) disse que a retomada presencial das aulas em Salvador não pode acontecer em clima de insegurança e conflito com a categoria de professores, trabalhadores da área da educação e as famílias dos estudantes.  Segundo ela, a prefeitura precisa dialogar melhor com os envolvidos para encontrar soluções, ao invés de fazer imposições.

“Os professores serem vacinados é um passo,  mas precisamos pensar na complexidade da rede municipal que, além deles, envolve trabalhadores como merendeiros,  funcionários de limpeza, agentes de desenvolvimento, vigilantes, dentre tantos, e também o transporte público”, cita.

Marta pontua, por exemplo, que Salvador vive uma crise no transporte de ônibus, principal meio de locomoção dos estudantes da rede municipal.  “A maioria da rede municipal é usuária do transporte público, e vivemos numa situação de total precariedade do sistema, com veículos cheios e  fácil contaminação. É preciso se assegurar de todas as formas que teremos todas medidas sanitárias adequadas, além da vacinação. Não pode ser de forma açodada, desrespeitando os trabalhadores e as famílias envolvidas que temem ser contaminadas, já que não há segurança”, declara.

Em ofício enviado à Secretaria Municipal de Educação, Marta questionou o protocolo de adaptação das unidades escolares, descrição das intervenções e investimento total em infraestrutura na rede básica de educação para adequar a unidade escolar com o protocolo sanitário do retorno, além das diretrizes pedagógicas. “Enviamos o ofício e não obtivemos as respostas. “A categoria é extensa e diversa em suas idades. Tudo tem que acontecer com muita estratégia para não colocar, em hipótese alguma, colocar vidas em risco, dos profissionais, dos alunos e das famílias” disse.