O secretário estadual de Saúde, Fábio Villas-Boas criticou a decisão da Anvisa, proferida nesta segunda-feira (26), de não autorizar no Brasil a aplicação do imunizante russo contra a Covid-19, o Sputnik-V. De acordo com o secretário, ““existe uma desconexão da realidade do que nós vivemos com as exigências que a Anvisa está fazendo”.
“Na Argentina, a Sputnik é a principal vacina e nós não estamos vendo os ‘hermanos’ morrendo, virando um jacaré. A Sputnik para os argentinos é a CoronaVac para brasileiros”, disse o gestor nesta terça-feira (27), em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia.
Villas-Boas citou ainda a decisão do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que autorizou que os governos da Bahia, Maranhão, Ceará, Amapá e Piauí. importem doses da vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik-V, no caso de a Anvisa não avaliar os pedidos desses estados no prazo de 30 dias:
“No meu modo de ver, a decisão de ontem [segunda-feira, 26] não atende a decisão do ministro Lewandowski. Não provê informações de riscos, de ameaça, apenas faz alusão a potenciais riscos que não estão sendo confirmados na prática. O ministro foi muito claro, disse que a Anvisa não pode simplesmente continuar a dizer que há a ausência de documentos, de benefícios, de segurança. E o que assistimos na apresentação dos diretores da Anvisa é um desfile de tecnicialidade batendo nas mesma tecla: ‘não sei, tenho receio”.
Foto: Divulgação/Sesab