O secretário municipal da Saúde, Leo Prates apresentou na tarde desta quinta-feira (06) dados relacionados ao monitoramento da Covid-19 em Salvador em pouco mais de um ano de combate à doença. O Webinário ‘Pacto pela Vida’ promovido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Escola Bahiana de Medicina e Saúde Publica (EBMSP) analisou de forma técnica a contenção do vírus na cidade.
Atualmente, a capital baiana representa apenas 21% dos casos da Covid-19 na Estado, além disso concentra 31% das mortes entre março de 2020 e maio de 2021. Os índices expostos revelam também que Salvador nas semanas epidemiológicos não ultrapassou a velocidade esperada no crescimento de casos, conforme os parâmetros do Ministério da Saúde.
O titular da pasta reforça que a ocasião envolveu transparência e reais números sobre o controle da doença na cidade. “As decisões precisam ser cada vez mais respaldadas por qualificações técnica, dessa forma conseguiremos manter Salvador como uma das cidades exemplo no país de combate ao vírus. A parceria com diversos institutos de saúde veio desde o início no intuito de ter o auxílio para adotar as melhores ações em políticas públicas, como protocolos preventivos e testes laboratoriais, entre outros, para vencermos a Covid-19, esse momento reforça a importância da integração entre os poderes”, explicou Prates.
As ações da pasta ajudaram a declinar os números da taxa de ocupação de leitos nos últimos dois meses em março chegou a 84%, no mês seguinte houve uma queda para 80% e em maio o sistema de saúde segue a tendência de queda com a média de 77% de leitos preenchidos. “Para desafogar a rede contamos com a abertura de mais 170 leitos na cidade desde o período da segunda onda no meado de março. Hoje, a média móvel se mantém por dias sem acender alerta”, disse o gestor.
Entre as atividades municipais de combate à Covid-19 em pouco mais de um ano estão Plano de Contingência, Gabinete de Crise, Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) para monitoramento em tempo real da doença com as projeções e informações epidemiológicas.
O inquérito de Soroprevalência nos bairros estratégicos acompanhando de perto os diagnosticados com a doença mais o lockdown setorial com as localidades com número expressivo de disseminação do vários para a intervenção de órgãos da linha de frente contra o vírus. “Tivemos a todo tempo estratégias múltiplas de testagem sejam nas comunidades, blitz, à domicílio ou em unidades de saúde para fechar o cerco, bem como a contratação de dois laboratórios para agilizar os resultados. Houve a ampliação de 15 novas unidades de saúde, com isso mais 48 equipes de saúde da família estiveram à disposição da população”, relembra Prates.
No setor de emergência houve a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento Santo Antônio, na Cidade Baixa, além da intensificação com gripários e unidades de suporte ventilatório para ampliar a rotatividade de leitos. “Mais 20 ambulâncias na cidade fizeram o transporte dos pacientes em tempo hábil para não comprometer a qualidade do atendimento. Nas ilhas, a gestão articulou três salas de estabilização para pacientes graves completando essa assistência”, pontua o titular da pasta.
Toda a estrutura ganhou um reforço com mais de três mil profissionais contratados desde o início da pandemia na cidade. “De técnico de enfermagem, a sanitaristas, médicos, todas as especialidades necessárias para ajudar nesse momento foram chamadas, evitando sobrecarregar os profissionais durante a crise sanitária. Colocamos também apoio psicológico para a categoria durante a semana através de Núcleo de Apoio e Atendimento ao Trabalhador”, finalizou.