Shows online serão transmitidos pelo youtube e instagram, entre os dias 13 e 22 de maio
Rap, reggae, poesia e ritmos afro-diaspóricos estarão reunidos a partir do dia 13 de maio depois de uma breve pausa da Aquahertz: Mostra AfroIndígena de Música Soteropolitana. A programação retorna com 19 shows que terão transmissão online, sempre às 19h, pelo perfil do Asè Orin – Rede AfroIndígena de Música Soteropolitana. O projeto é idealizado pela Aldeia Coletivo, grupo que coabita a Casa Preta, espaço de cultura que recepciona as apresentações em seu terraço, com multilinguagens e diferentes potências musicais.
A rapper baiana Amanda Rosa, ganhadora do principal prêmio do 18° Festival de Música da Educadora FM (2020), na categoria Melhor Música com Letra, e os cantores Tauamim Kuango e Ramón Velásquez vão ser os primeiros a subirem ao palco virtual, na quinta-feira (13). Além deles, o grupo Opanijé trará uma apresentação autoral na sexta-feira (14), com um estilo próprio de RAP que faz uso de instrumentos percussivos, berimbaus e cânticos de candomblé com samplers e efeitos/batidas eletrônicas. No mesmo dia, o selo Nsabas – que reúne mulheres dos diversos elementos do Hip-Hop, da cultura e da comunicação – traz para o Asè Orin a performance Folhas Sagradas, composta pelas Mc’s Singa, Preta Letrada e Dj Belle. As três apresentarão um repertório poético/musical embalado nas escrevivências das Mc’s que transitam entre o urbano e as folhas. A cultura indígena também estará representada nessa primeira semana do Asé Orin com o Maranhense Guaja. Cantor desde os 9 anos, o intérprete vive em Porto Seguro e traz nos seus trabalhos muito da sua ancestralidade, tendo sempre em seu repertório interpretações de músicas tradicionais maranhenses e manauara.
No sábado (15), Aurea Semiséria estará acompanhada da companheira de palco, DJ Nay, e trará a força, garra e a coragem da mulher preta, gorda e militante. No repertório, hits conhecidos dos singles lançados em 2019 e 2020.
Última Semana
Danzi & Jahfreeka Soul, Viviane Pitaya e Cazu Duo, com composições que abordam o
cotidiano utópico, abrem a última semana de apresentações na quinta-feira (20). A exaltação
da diversidade de gênero e sexualidade dos corpos pretxs com a afrodrag Barbarie Bundi e a performance visceral do grupo de rap Madamma acontecem na sexta (21).
No último dia, o Asé Orin trará ao seu público a música ancestral afrobaiana da Banda Ofá, o cantor Mayale Pitanga, que “transmuta-dor” das suas vivências em composições afroindígenas sintetizadas e influências do Dub, NewReggae e Boombap no trabalho de Marcola Bituca. Asè Orin foi contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.