A partir deste sábado (15), a Estação Pirajá vai mudar sua rotina de operações de embarque dos passageiros no metrô, passando a funcionar com apenas uma plataforma. Esta mudança é temporária, devido ao avanço das obras do tramo 3, para poder integrar o trecho que está sendo construído ao sistema já em funcionamento. Apesar da mudança para quem pega o metrô em Pirajá, o horário e o intervalo dos trens continuarão os mesmos. As demais estações não sofrerão alterações na forma de operação.
O coordenador de Tráfego da CCR Metrô Bahia, Rodrigo Oliveira, destacou que a estratégia para a mudança na operação da Estação Pirajá foi exaustivamente estudada para não causar transtornos. “Os trens vão funcionar na Plataforma 1, tanto para embarque quanto para desembarque, porque nós temos que fazer as obras de continuidade da via permanente e instalar todo o sistema de eletrificação, sinalização e controle de trens”. Ele diz ainda que os usuários serão bem orientados: “Utilizaremos equipamentos para ordenar o fluxo, sem o conflito de embarque e desembarque. Investiremos em sinalização visual e sonora e agentes de atendimento. Vai ser uma operação fortemente assistida para minimizar o impacto durante esse período de obras”.
Outro recurso utilizado a partir deste sábado é o “headway” nos horários de pico, que é o intervalo entre trens, de dois minutos e 41 segundos. “Teremos trens reservas já posicionados e a gente vai monitorar essa demanda a todo instante. Necessitando da colocação de mais trens em operação, o faremos, até para manter o distanciamento social, e não deixar essa taxa de ocupação crescer”, explica o coordenador da concessionária responsável pela operação do modal.
Obras e benefícios
Os elevados do tramo 3 do metrô de Salvador já se impõem para quem passa pela BR-324, na altura da Brasilgás. Já foi executada 30% da obra para a construção dos cinco quilômetros e das duas estações que vão atender às regiões de Águas Claras e Cajazeiras, como explica o presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello. “Nesses próximos dias, já estaremos fazendo as obras de integração do metrô, atualmente em operação, na região de Pirajá. E já estaremos preparando também as travessias sobre a BR-324, que serão duas, uma em Pirajá e outra próxima à região de Águas Claras, para que chegue o metrô na estação Águas Claras – Cajazeiras”.
Copello informa que, ao acrescentar mais cinco quilômetros, amplia-se o atendimento para diversas regiões muito populosas de Salvador, como Águas Claras, Cajazeiras, o norte de Pirajá. “As novas estações, Campinas e Águas Claras, contarão com terminais de ônibus integrados, melhorando bastante a possibilidade de integração com o sistema urbano e metropolitano de ônibus. Também será integrada à futura estação rodoviária, que será o novo portal de entrada da cidade, na confluência da nova Avenida 29 de Março com a estrada da Base Naval, melhorando assim, cada vez mais, a mobilidade na nossa capital e na Região Metropolitana de Salvador”.
Passageiros
Além da mobilidade, a extensão do metrô até Águas Claras e Cajazeiras vai aumentar também o número de usuários do sistema. “A capacidade do metrô é bastante alta, é um modal de alta capacidade de transporte. Com o tramo três acrescentam-se mais duas estações e mais cinco quilômetros, perfazendo um total de 38 quilômetros de metrô e 22 estações ao total, podendo carregar mais de 800 mil passageiros por dia”, afirma Copello.
O aposentado Walter da Silva Conceição fala dos benefícios do metrô para a sua rotina. “Melhorou muito, porque era muito engarrafamento e agora eu moro no Santo Inácio, então eu desço, pego o metrô em Pirajá, vou para onde eu quero ir. Ou para a Barra ou para Brotas, sempre que eu tenho médico marcado. Agora mesmo eu estou indo para a rodoviária, então fica tudo mais fácil para a gente”. Ele afirma que o metrô é mais rápido, melhor, tranquilo e mais seguro. “Eu nunca ouvi dizer que teve assalto nem nada. Só aí é uma segurança, a gente fica muito melhor, se sente melhor”.
Fotos: Fernando Vivas/GOVBA