“Não temos nenhuma segurança para aulas presenciais reabertura de fase amarela e o próprio prefeito transparece isso”, diz Marta

Para Marta, o atraso do esquema vacinal, a oscilação da taxa de ocupação de leitos, os casos de professores e infectados e o despreparo do transporte público causam preocupação e temor

Líder da Oposição na Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) voltou a afirmar, nesta sexta-feira (14), que a reabertura da Fase Amarela e a tentativa de retomar as aulas presenciais são atitudes precipitadas, diante dos fatos mostrando que a capital ainda não apresenta total segurança para as medidas. “O próprio prefeito confirma isso, ao dizer à imprensa na manhã dessa sexta que está havendo aumento do número de casos em Salvador, que a taxa de ocupação de leitos está oscilando e que amanhecemos com 76%, acima do critério estabelecido para reabertura da fase amarela que é de 70%”, aponta.

A petista cita como exemplo também da insegurança, as dificuldades na aquisição de doses da Coronavac, o que vem atrasando o esquema vacinal, além das declarações recentes do prefeito sobre possibilidade de fechamento de hospitais de campanha e a possibilidade de não conseguir vacinar 50% da população até junho, conforme o previsto pela prefeitura. Ela acrescenta, ainda, a informação de que dezenas de escolas que reabriram tiveram trabalhadores da educação contaminados.

“Diante deste cenário, qual a segurança que temos para a fase amarela, para a retomada de aulas presenciais nas escolas e um fluxo de pessoas intensa nas ruas como se estivesse tudo sob controle? Temos que ter cautela”, questiona.

Para Rodrigues, a decisão pode trazer riscos para a população soteropolitana, dado o aumento de volume de pessoas nas ruas e o alto fluxo nos itinerários do transporte municipal, que, diz ela, não apresenta condições sanitárias adequadas, tampouco possibilidade de distanciamento social. “Sabemos que é um momento muito difícil para a economia, para o comércio e diversos setores da sociedade, mas é preciso segurança sanitária e cuidado com a vida. Infelizmente, apesar dos esforços em conjunto das secretarias municipal e estadual de saúde, há dificuldades com a falta de ação do Ministério de Saúde e isto deve ser levado em conta em qualquer decisão”, destaca a vereadora.

Educação – A vereadora aproveitou para sair em apoio dos trabalhadores de educação e reforçou a importância da prefeitura em explicar as ameaças que pais e mães estariam recebendo de terem benefícios cortados caso não levem filhos às escolas. “Precisa ser urgentemente apurado, não podemos aceitar intimidação num momento em que queremos preservar vidas”