Ofá e Danzi estão entre os shows que encerram o projeto Asé Orin

As apresentações seguem até sábado em formato online

A Cantora e compositora baiana Danzi e sua banda Jahfreeka Soul abrem a última semana de programação do projeto Asè Orin – Rede AfroIndígena de Música Soteropolitana com transmissão pelos canais do evento no youtube, dia 20 de maio, às 19h, com uma celebração ao som do reggae e das canções que dão vida ao primeiro álbum da artista, Erga-se.   

Em seguida, o público confere o pop alternativo de Cazu Duo, composto por Emilly e Ntu, que levam a sonoridade dinâmica do escaleta, violão, xilofone e outros instrumentos percussivos para músicas que falam do cotidiano de forma diferente, utópica. Quem encerra a noite de quinta-feira é Viviane Pitaya com letras potentes que falam também da realidade incompreendida da mulher. A cantora, que também é compositora, atriz e produtora cultural, começou a cantar com seis anos na escola e na igreja, e hoje é referência no gênero afro-americano da cena independente nacional. 

Já na sexta-feira, 21 de maio, é a vez de drag Barbárie Bundi levar o show performático Atlantika ao palco do Asé Orin. A artista leva o debate da arte Drag com um mergulho sonoro ritual na construção da afetividade negra, principalmente na afetividade guei negra. Madamma conta com um repertório bastante visceral que intercala a música rap, com poesia e uma pitada de interpretação teatral. Nas letras cantadas no show,  reflexão e protesto sobre o contexto social que passa por violência de raça, classe e gênero, genocídio do povo preto, racismo e direitos humanos. o cantor Xauim que, em tupi, significa pequeno macaco encontrado muitas vezes em espaços urbanos entre fios elétricos e galhas de árvores, leva a ancestralidade indigena para o palco do Asé Orin. . A combinação das vibrações ancestrais da mata com a sonoridade da cidade formam o som autoral do artista.

O último dia de apresentação fica por conta do trio baiano Ofá, que no último mês lançou o, “Leito d’Água, música poético-afro-baiana, rock progressivo e freejazz que imerge no universo conceitual dos Orixás. A segunda atração da noite traz o show de Mayale Pitanga, cantor e compositor residente do Aldeia Coletivo, que promete colocar  o público de casa para relaxar e refletir com os singles “Aprender” e “Não Há de Falhar”, além dos sucessos do novo albúm, Oré. Na sequência,  Marcola Bituca traz a potência da natureza e das raízes brasileiras para o palco, como a música Oceano, lançada neste ano. O artista baiano carrega no trabalho influências do Dub, NewReggae e Boombap, com intuito de unir a música baiana com a londrina. A influência da musica afroindigena encerra o projeto com o show de Edivan Fulni-ô, artista indígena, cantor e compositor, que relata em suas canções a realidade dos povos originários, em especial os indígenas nordestinos. 

Asè Orin foi contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas , da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.