Em nota divulgada nesta quarta-feira (9), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), denunciou que 97 escolas da rede municipal de ensino de Salvador estão com casos de infecção e reinfecção por Covid-19 em seus quadros de funcionários. As unidades escolares estão distribuídas em nove Gerências Regionais de Educação (GRE), nas localidades da Cidade Baixa/Liberdade; Cajazeiras; São Caetano; Cabula; Subúrbio I; Subúrbio II; Centro e Pirajá. Ao todo, as 38 escolas estão espalhadas por 26 bairros da capital baiana.
Ainda segundo a entidade, os casos surgiram logo após a reabertura das unidades para as atividades presenciais. As informações foram coletadas pela APLB-Sindicato, junto com diversos coletivos de trabalhadores do setor educacional.
“Num cenário como este, acreditamos que a retomada de aulas presenciais é fazer do espaço escolar – onde deve ser priorizada a segurança e o bem estar – em um perigoso laboratório em meio a pandemia que chega a marca de 430 mil mortes no Brasil. Para nós, trabalhadores e trabalhadoras da Educação, está mais do que evidente que o momento não é de retorno às salas de aula. O momento é de preservação da vida e esta consciência encontra apoio não só de pais e mães, mas de trabalhadores dos quase 417 municípios baianos.”, diz a nota.
“APLB reitera ser inconcebível a tentativa açodada e intimidatória da prefeitura em obrigar o retorno presencial. Reafirmamos, ainda, nosso compromisso com a Educação pública de qualidade, com a categoria 100% disponível para dar continuidade às aulas remotas, o que vem fazendo desde março de 2020”, completa a nota.
Greve – No texto, o Sindicato reafirma o estado de greve da categoria: “Diante deste cenário, reafirmamos nosso estado de greve e a manutenção das aulas remotas até que toda a categoria seja imunizada, com as 1ª e 2ª doses da vacina”, completa.