Vereadora afirma que que a desigualdade no Brasil, sobretudo em Salvador, está atrelada à cor da pele
A vereadora Ireuda Silva (Republicanos) demonstrou preocupação com uma pesquisa divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, que acrescenta mais uma perspectiva à realidade racial e socialmente desigual do Brasil: as regiões com mais progresso econômico, como o Sudeste, também são as que menos oferecem oportunidades para negros.
Para a parlamentar, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação, o debate sobre o problema do racismo estrutural nunca foi tão importante, principalmente diante dos dados, cada vez mais numerosos, que atestam o abismo da desigualdade no país.
“Sempre digo que a desigualdade no Brasil, sobretudo em Salvador, está atrelada à cor da pele. Isso não é um fenômeno novo, pois é uma herança da nossa formação escravocrata, que vem marginalizando os negros ao longo da história”, avalia. “Essa marginalização é responsável por exclusão no mercado de trabalho, pela vulnerabilidade social e pela violência que vitima muito mais as pessoas negras e pobres”, acrescenta a vereadora.
Nesse sentido, Ireuda acredita que políticas públicas de combate à desigualdade são importantes, mas ressalta que é preciso pensar o problema de forma mais ampla. “Temos que começar pela educação de qualidade para todos, não apenas uma educação que amplie as possibilidades de melhoria de vida para a parcela negra da sociedade, como também uma educação orientada para o respeito às diferenças. Formar cidadãos antirracistas é a chave para a construção da tão almejada igualdade”, defende a legisladora.